Num requerimento à Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, o deputado do Chega Filipe Melo pede as “audições urgentes” do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, da Associação Portuguesa de Bancos (APB), da Associação de Defesa dos Clientes Bancários, da Associação dos Lesados do Banif e da Associação dos Lesados do Papel Comercial do BES.

Em causa está, argumenta, a diferença entre as “margens financeiras apresentadas pela banca portuguesa", considera resultar "dos juros mais altos que recebeu pelos empréstimos concedidos às famílias e às empresas”, “enquanto os juros pagos nos depósitos” “se mantiveram perto de 0%”.

Aponta ainda os resultados obtidos no ano passado pelos principais bancos portugueses.

Os cinco maiores bancos que operam em Portugal obtiveram lucros agregados de 2.583 milhões de euros em 2022, mais 1.000 milhões de euros do que em 2021, segundo as contas da Lusa.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi o que conseguiu os maiores lucros, de 843 milhões de euros em 2022, mais 45% do que em 2021, enquanto o Santander Totta foi o segundo banco com melhores resultados positivos em 2022 (sendo o banco privado com mais lucros), de 606,7 milhões de euros, mais 90% do que no ano anterior.

Já o Novo Banco depois de em 2021 ter tido pela primeira vez resultados positivos, de 184,5 milhões de euros, em 2022 ascenderam a 560,8 milhões de euros, enquanto os lucros do BCP subiram 50% para 207,5 milhões de euros (num ano ainda muito impactado pelas provisões para créditos hipotecários na operação na Polónia) e os do BPI cresceram 19% para 365 milhões de euros.

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