A autorização vem após vários ensaios da vacina em países como Brasil e Turquia, embora “os resultados em termos de eficácia e segurança ainda não tenham sido confirmados”, disse a Sinovac numa nota de imprensa.
Segundo a empresa, o antígeno – vírus inativo – pode ser usado para vacinação “de pessoas a partir dos 18 anos para prevenir doenças causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2″ e deve ser aplicado em duas doses de 0,5 mililitros cada uma num intervalo de 14 a 28 dias.
A aprovação condicional significa que a vacina agora pode ser dada ao público em geral, embora a pesquisa ainda esteja em curso. A empresa terá de apresentar dados de acompanhamento, bem como relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.
É a segunda vacina produzida localmente a receber aprovação condicional. Em dezembro, Pequim autorizou a vacina estatal da Sinopharm.
Tanto a injeção da Coronavac quanto a injeção de Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses, contando com a tecnologia tradicional que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento extra frio o que pode fazer a diferença para os países em desenvolvimento com menos recursos.
Na sexta-feira a empresa chinesa Sinovac apresentou os procedimentos da sua vacina Coronavac contra covid-19 perante a autoridade sanitárias do México.
“Temos uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama Coronavac”, anunciou o subsecretário da Saúde e estratega do Governo mexicano para combater a pandemia, Hugo López-Gatell, precisando que o pedido já foi apresentado na Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).
No mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de emergência da vacina produzida pela empresa.
A vacina da Sinovac foi sujeita a intenso escrutínio e recebeu críticas por falta de transparência tendo sido apontados diferentes dados de eficácia em diferentes países em todo o mundo.
Enquanto os testes realizados na Turquia mostraram uma eficácia de 91,25%, os dados fornecidos pela Indonésia apontaram para 65,3%, e o Brasil baixou os dados de 50,4% uma semana após o anúncio de 78%.
O ensaio no Brasil envolveu 12.396 voluntários e registou 253 infeções, disse a empresa em comunicado na sexta-feira.
A fase 3 dos ensaios clínicos foi realizada no Brasil, Chile, Indonésia e Turquia, com um total de 25.000 voluntários.
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