O ministério da Defesa de Taiwan afirmou hoje ter detetado atividade de fogo real, semelhante a exercícios anteriores.
As Forças Armadas de Taiwan têm estado a preparar-se para possíveis exercícios da China, em resposta a uma recente viagem ao estrangeiro do líder de Taiwan, William Lai, que incluiu paragens nos territórios norte-americanos de Havai e Guam.
Sem qualquer clarificação por parte de Pequim, as autoridades de Taiwan admitem tratar-se de um exercício militar.
O tenente-general taiwanês, Hsieh Jih-sheng, observou no entanto que o treino pode transformar-se em exercícios e os exercícios podem transformar-se em guerra.
“Sob o estatuto de exercício normalizado, [a China] é capaz de mobilizar forças militares em grande escala e realizar exercícios numa área vasta”, observou.
A China reivindica Taiwan como parte do seu território e opõe-se a que a ilha autónoma tenha interações oficiais com outros países e, em particular, com os Estados Unidos.
Lai falou com os líderes do Congresso dos EUA por telefone quando esteve em Guam, na semana passada.
Embora os EUA, tal como a maior parte do mundo, não reconheçam formalmente Taiwan como um Estado soberano, são o maior fornecedor de armas da ilha de 23 milhões habitantes.
A China, que considera Lai um separatista, realizou grandes exercícios militares em torno de Taiwan após a sua tomada de posse em maio e o seu discurso do Dia Nacional, em outubro.
Pequim também lançou um grande exercício militar depois da visita de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan, em 2022.
As Forças Armadas de Taiwan criaram um centro de resposta de emergência na segunda-feira em resposta ao aumento da atividade naval chinesa e ao anúncio de restrições de voo em sete zonas ao largo da costa leste da China. As restrições estão em vigor até quarta-feira.
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