“Hoje é um momento importante para o projeto europeu porque é a segunda vez, depois de Gotemburgo, em que temos a oportunidade de enviar um sinal muito forte: a Europa social deve ser uma realidade agora mais do que nunca”, defendeu Charles Michel.

À entrada para o edifício da Alfândega do Porto, onde decorre a Cimeira Social, o presidente do Conselho Europeu afirmou que, com a pandemia de covid-19, a União Europeia (UE) sente que “é urgente trabalhar arduamente com os parceiros sociais" e com os 2líderes políticos” para alcançar “progressos” no domínio social.

“Vamos exprimir, com os parceiros sociais, as forças vivas europeias, esta ambição de dotar a UE da capacidade de agir ainda mais no plano social”, apontou Charles Michel.

Abordando também o jantar dos chefes de Estado e de Governo da UE, que decorrerá esta noite, e a reunião informal do Conselho Europeu, que terá lugar sábado no Palácio de Cristal, Charles Michel referiu estes eventos serão a ocasião para os líderes europeus “estarem mobilizados" e exprimirem a "vontade de avançar, de maneira tornar a Europa mais robusta na área social”.

A Cimeira Social decorre hoje e sábado no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.

Também presentes no evento, que decorre em formato ‘online’ e presencial na Alfândega do Porto, estão os presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, assim como os vice-presidentes executivos da Comissão Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, o Alto Representante Josep Borrell e os comissários Elisa Ferreira, Mariya Gabriel e Nicolas Schmit, além de outros líderes políticos e institucionais, parceiros sociais e sociedade civil.

Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.