A iniciativa arrancou com uma concentração junto à Igreja de São Antão, na Praça do Giraldo, considerada a sala de visitas da cidade, seguindo-se uma marcha por algumas ruas do centro histórico, que culminou junto ao edifício da câmara municipal.
Durante a concentração, cerca de quatro dezenas de jovens colocaram-se na escadaria da igreja, com cartazes e palavras de ordem, tendo um deles, João Fanha, de 17 anos, lido um manifesto com as principais reivindicações.
"É um manifesto com aquilo que resume todas as ideias que nós tivemos para esta ação e esperamos que o Governo oiça algumas delas. Estamos aqui a fazer barulho por causa disso", afirmou João Fanha, em declarações à agência Lusa.
Estudante na Escola Gabriel Pereira, uma das três secundárias da cidade, João Fanha tinha nas mãos um cartaz em que se podia ler a mensagem: "- carro + caminhar, - plástico + mar, é hora de acordar".
"Não há planeta b", foi uma das frases mais vezes entoadas pelos estudantes, ao mesmo tempo que seguravam cartazes com frases como "A terra esgotou a paciência", "Em 2050 haverá mais plástico no mar do que peixes" e "É hora de acordar".
João Fanha disse à Lusa estar a participar no protesto por entender que a alegada degradação do planeta é uma questão que o afeta e que "vai afetar os que vierem a seguir".
"Tenho de lutar, não só por aquilo que é meu, mas por aquilo que vem a seguir para os meus que eu espero ter um dia. Eu quero que os meus filhos tenham um futuro semelhante (…) àquilo que eu estou a ter", acrescentou.
O jovem de 17 anos referiu que esta foi a terceira manifestação deste género a realizar-se em Évora e prometeu que haverá "tantas quantas foram necessárias" até o Governo ouvir as reivindicações.
Cerca de 30 localidades em Portugal aderiram a uma semana de ação global pelo clima, de Arcos de Valdevez a Lagos, passando por Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Setúbal e Sines.
Cerca de 170 países organizaram mais de 6.000 eventos através das redes sociais e iniciativas da sociedade civil.
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