"A situação que gerou dificuldades entre as 11h30 e as 12h00 teve a ver com problemas de natureza técnica com um dos servidores, mas a informação que temos é que já está tudo nomalizado", disse ao SAPO24, Fernando Anastácio, porta-voz da CNE.

O processo eleitoral, explicou, é suportado por dois servidores, um instalado no Porto e outro em Lisboa, sendo que cada um tem capacidade, só por si, de dar suporte integral.

O problema que provocou interrupções no acesso ao sistema informático e lentidão esteve relacionado com o servidor do Porto, mas, segundo o porta-voz da CNE, "a informação da secretaria-geral da Administração Interna é que já está tudo ultrapassado".

Questionado sobre a situação se poderá repetir, nomeadamente em períodos de maior afluência durante a tarde, Fernando Anastácio considerou que não é expectável.

Tudo correu bem até meio da manhã

Depois de num primeiro balanço, a CNE ter dado conta de que as eleições europeias estavam a decorrer com normalidade - estimando inclusive um tempo médio de votação de 49 segundos - surgiram, na última hora relatos de lentidão em vários mesas de votos que terão feito desistir alguns eleitores.

“A informação que temos é que está tudo a decorrer normalmente. As questões pontuais que se verificaram foram ultrapassadas e o tempo médio de votação, neste momento, é de 49 segundos por eleitor”, adiantou à Lusa o porta-voz da CNE, a meio da manhã.

A rádio Observador reportou, entretanto, problemas em várias mesas, e o mesmo fez o Jornal da Madeira.

Segundo o Observador, houve problemas na Parede (concelho de Cascais), devido ao sistema informático estar inacessível, e em Sintra, na freguesia de Rio de Mouro, o sistema também foi abaixo em todas as mesas de voto, tendo sido recuperado posteriormente.

Na Escola Básica Teixeira de Pascoais, em Lisboa, o relato é de um sistema lento que gerou filas de eleitores e , o sistema também está muito lento, gerando filas de pessoas que não estão a conseguir votar.

Segundo relata o Jornal da Madeira, o sistema de voto nas mesas da Escola Básica com Pre-Escolar e 1.º ciclo do Caniço começou a dar problemas pelas 11h15, tornando-se lento a aceitar o reconhecimento dos cartões do cidadão dos eleitores.

A assessora do MAI respondeu-nos por mensagem, referindo que "das informações que têm estado a receber, está tudo a decorrer dentro da normalidade".

Pico de afluência e atualização de segurança foram causa do abrandamento no sistema de voto

“Confirmamos que cerca das 11h30 ocorreu uma situação de atualização de segurança do sistema, pré-agendada, que tendo coincidido com um dos “picos de afluência” de eleitores às urnas, provocou, durante algum tempo, um abrandamento na operacionalidade do sistema”, adiantou a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) à agência Lusa.

Em comunicado, a SGMAI salientou ainda que, “tendo o sistema rapidamente recuperado, tudo foi reconduzido à plena normalidade” nas eleições que estão a decorrer hoje para a escolha dos 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu.

“O processo eleitoral está a decorrer com normalidade, como, aliás, foi salientado pelos vários candidatos quando se dirigiram ao local que escolheram para votar”, refere a entidade responsável pela divulgação dos resultados oficiais.

A secretaria-geral reconhece, porém, que num processo de votação em mobilidade, que se realiza pela primeira vez em Portugal, “era expectável que pontualmente pudessem surgir alguns constrangimentos, como já ocorreram”.

“Em todas as circunstâncias a equipa técnica esteve e está preparada para responder às necessidades que se colocaram e se venham, eventualmente, a colocar”, assegurou o comunicado.

Adiantou ainda que, a meio da tarde, verifica-se um número de votantes superior à eleição de há cinco anos e, não estando prevista mais nenhuma atualização de segurança, “aguarda-se que os eleitores escolham livremente o local em que pretendem votar e se dirijam às urnas de voto, decorrendo a votação com a devida normalidade”.

Recorde-se que neste dia de eleições está disponível online e ao momento, a afluência às diferentes mesas de voto, através de uma ferramenta, que permitire ao cidadão poder verificar, na zona onde está, quais são as mesas que têm menos afluência e evitar aglomerações.

Os cidadãos que pretendam votar em mobilidade têm de apresentar um documento oficial com fotografia atualizada em qualquer mesa de Portugal continental, regiões ou estrangeiro.

(Artigo atualizado às 16h31)