“Neste momento, o Governo espanhol já disponibilizou dois Canadair. Caso haja condições de atuar, hoje mesmo à tarde, provavelmente, já cá teremos os dois”, adiantou Artur Neves aos jornalistas, durante um balanço da situação do incêndio, perto das 10:00.
Durante a manhã, os meios aéreos estiveram impossibilitados de atuar, devido ao intenso fumo originado pelo incêndio, mas prevê-se que comecem a atuar logo que o fumo se dissipe, disse na ocasião o segundo comandante operacional distrital, Abel Gomes.
A falta de visibilidade também dificultou a avaliação das áreas afetadas pelo fogo por parte das autoridades, que ao início da manhã realizaram um voo de reconhecimento sobre a serra de Monchique.
“O reconhecimento aéreo não nos permitiu ver muito aquilo que nós, em pormenor, queríamos ver, porque o fumo não permitia. Fizemos um reconhecimento muito mais alargado do que aquilo que era o objetivo, em termos de distância”, sublinhou.
Questionado pelos jornalistas sobre a defesa das habitações perante o avanço do fogo, Artur Neves disse que a proteção junto às casas foi feita, admitindo que algumas poderão ter sido afetadas e sublinhando que a prioridade é a proteção da vida das pessoas.
“Poderá ter acontecido [habitações afetadas pelo fogo], mas a remoção das pessoas, a proteção da sua vida era a matriz principal da orientação que tinha sido dada”, referiu.
O governante enalteceu o empenho de todas as estruturas de Proteção Civil e restantes autoridades, que conseguiram “ir de casa a casa procurando remover de forma atempada os cidadãos que pudessem correr riscos”.
Relativamente à área ardida, o governante disse apenas que se trata, seguramente, de uma área “grande”, embora não seja possível precisar a extensão afetada, nem seja essa a prioridade.
“Não nos parece que seja muito importante perceber qual é a área, é grande, seguramente, mas não sabemos ainda com total rigor”, concluiu.
Às 12:00 o incêndio que pelo quarto dia lavra em Monchique estava a ser combatido por 1.160 operacionais, apoiados por 357 viaturas.
A Lusa não conseguiu confirmar se já estão entretanto reunidas as condições de segurança para a atuação dos meios aéreos.
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