O sequestro ocorreu na região de West Rand, arredores de Joanesburgo, a capital económica da África do Sul, segundo um alerta urgente divulgado às 09:00 (08:00 em Lisboa) na rede social Whatsapp das associações portuguesas na África do Sul.
O alerta, que divulgou uma foto da vítima, indicou que o comerciante português, proprietário de um talho, foi sequestrado no seu local de trabalho por duas carrinhas pickup.
Anteriormente, por SMS, a Organização Não-Governamental (ONG) Fórum Português da África do Sul, anunciou estar a investigar “dois novos sequestros e um caso de homicídio”, sem avançar detalhes.
Contactados pela Lusa, a ONG luso-sul-africana, assim como o comando nacional da Polícia Sul-Africana (SAPS), não responderam a um pedido de esclarecimento sobre o incidente até ao momento.
O Governo português já teve conhecimento do caso e fonte do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que Paulo Rangel está a tentar obter mais informações.
A mesma fonte adiantou que a família não requereu qualquer tipo de informação nem participou o ocorrido ao consulado geral de Portugal em Joanesburgo.
A África do Sul enfrenta um agravamento do crime de sequestro em que são exigidos elevados montantes financeiros pelo resgate das vítimas, segundo a polícia sul-africana.
Dados oficiais consultados pela Lusa indicam que no último trimestre de 2023 a polícia sul-africana registou 4.577 raptos no país, significando um aumento de 11% (mais 453 casos) comparativamente a 4.124 casos reportados às forças de segurança no período homólogo do ano anterior.
Segundo a polícia sul-africana, as províncias do país mais afetadas pelo crime de sequestro são Gauteng (51,7%), onde se situa Joanesburgo e Pretória, a capital do país; e KwaZulu-Natal (1,4%), que faz fronteira com Moçambique, e onde se situa a cidade portuária de Durban.
Segundo dados do Governo sul-africano, residem na África do Sul cerca de 200.000 cidadãos portugueses e perto de meio milhão de lusodescendentes.
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