O dirigente social-democrata defendeu, após reunião, que a Madeira “goza, atualmente, de estabilidade política no Governo, no parlamento e na maioria das autarquias”, o que “contrasta com os lamentáveis episódios e manobras de diversão” a que se assiste “no Governo socialista da República”.
“É precisamente à luz da manutenção da estabilidade que tem sido a regra na região, e partindo da experiência positiva dos últimos quatro anos, que a comissão política aprovou a coligação PSD/CDS-PP para as eleições legislativas regionais que se vão realizar este ano e respetivo acordo de coligação”, afirmou.
José Prada considerou que ambos os partidos intensificam, através deste acordo, “aquela que é a defesa do interesse superior da região e a luta contra uma esquerda mergulhada numa profunda crise de identidade que já provou nada ter para dar aos madeirenses”.
O PSD venceu as últimas eleições legislativas regionais, em setembro de 2019, mas perdeu a maioria absoluta com que governava a região, acabando por formar um executivo de coligação com o CDS-PP.
O secretário-geral do PSD/Madeira reforçou ainda que a estabilidade política na região “garante melhor capacidade para governar e para, ao mesmo tempo, responder e acautelar os interesses da população, assim como transmitir a confiança que é necessária aos agentes económicos”.
Por outro lado, considerou, o Governo na República “encontra-se gravemente afetado na sua imagem, autoridade e credibilidade”, após “mais uma lamentável encenação e crise política”.
José Prada referia-se à polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido há uma semana, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.
O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de o adjunto ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Perto das 20:20 de terça-feira, o ministro das Infraestruturas divulgou um comunicado a informar que “no atual quadro de perceção criado na opinião pública” tinha apresentado o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, “em prol da necessária tranquilidade institucional”.
Cerca de meia hora depois, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que recusou o pedido. Após o anúncio, o Presidente da República assumiu a sua discordância em relação ao primeiro-ministro.
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