De acordo com a nota de agenda enviada às redações, esta reunião do órgão comunista, além de analisar os resultados eleitorais, vai ainda debater a situação política e social e “a ação e iniciativa política do partido”.

“As principais conclusões da reunião serão apresentadas pelo secretário-geral, Paulo Raimundo, em conferência de imprensa a realizar quarta-feira, dia 13, às 11:00, na sede da Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa”, acrescenta a mesma nota.

A CDU registou este domingo o pior resultado de sempre em eleições legislativas, ao perder mais 36 mil votos e descer de seis para quatro deputados, agravando ainda mais o desaire eleitoral de 2022.

Com apenas 3,3% da votação, de acordo com os resultados provisórios sem a contagem dos círculos da emigração, a Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) não foi além dos 202.565 votos, o que representa uma queda de um ponto percentual relativamente aos 4,3% de há dois anos e dos 238.962 votos então alcançados.

O resultado obtido coloca a CDU como sexta força política, tanto em percentagem como no número de deputados, atrás de PS, AD, Chega, IL e BE, e bate por escassa margem o Livre, que também conseguiu quatro deputados, mas ficou com aproximadamente menos três mil votos do que a coligação.

Em termos de mandatos, a bancada parlamentar do PCP passa de seis deputados – a mais pequena até agora – para somente quatro.

Serão deputados pelo PCP o secretário-geral, Paulo Raimundo, que foi eleito por Lisboa e faz a sua estreia no parlamento, o ‘histórico’ António Filipe, que volta ao parlamento agora por Lisboa, a anterior líder parlamentar, Paula Santos, que conseguiu a eleição em Setúbal, e Alfredo Maia, que manteve a representação no distrito do Porto.

Face a 2022, a CDU deixa pela primeira vez de estar representada no Alentejo, ao perder o deputado João Dias, além de registar uma quebra em Setúbal, onde Bruno Dias falhou a eleição como número dois da lista.