Segundo noticiou a agência EFE, as companhias aéreas defendem ainda o restabelecimento das ligações com os Estados Unidos da América e com o Reino Unido.
A posição do setor assenta na previsão de que em julho, 70% dos adultos terão sido “inoculados com uma dose da vacina contra covid-19”.
“Os países da UE devem restabelecer rapidamente a liberdade de circulação dos cidadãos e implementar o sistema de certificados digitais covid sem restrições adicionais”, defenderam as principais companhias aéreas europeias no encontro anual da A4E.
A UE decidiu adotar um certificado que permite que pessoas vacinadas, recuperadas da doença ou com testes negativos possam viajar nos Estados-membros a partir de 01 de julho, evitando quarentenas e testes diagnósticos.
Os países têm, no entanto, o direito de aplicar restrições adicionais devido à situação epidemiológica de cada um, situação que as companhias aéreas querem evitar depois de um ano e meio praticamente sem voos.
“A ciência é clara. As viagens seguras e sem restrições já são possíveis para muitos voos dentro da Europa”, disse o presidente da A4E e CEO da easyJet, Johan Lundgren.
O comissário europeu para o Interior, Diddier Reynders, disse esperar que “este ano seja melhor que 2020”, considerando que há “uma tendência” nos 27 para retirar as restrições.
O setor de aviação defende ainda que “as pessoas que, nos últimos seis meses, recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus possam viajar sem restrições, desde que apresentem teste negativo, e que as crianças não vacinadas que viajem acompanhados não necessitem de ficar em quarentena ou ser submetidas a testes de despiste da doença se os pais estiverem negativos”.
“Se olharmos para as taxas de vacinação nos EUA, na UE ou no Reino Unido, não faz sentido fechar esse corredor”, disse Luís Gallego Martín, CEO da AIG, empresa que controla a Iberia e a British Airways.
O setor quer também que as áreas classificadas como de médio risco sejam aumentadas de 50 para 75 novos casos por 100.000 habitantes em 14 dias.
A pandemia de provocou, pelo menos, 3.764.250 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.043 pessoas dos 855.432 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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