“Este não é um debate confessional (…) este é um debate sobre valores e a forma como olhamos os mais vulneráveis: quando está em causa o valor constitucional da proteção da vida humana, estamos conscientes que só é possível estar do lado certo e o lado certo é ser contra a eutanásia”, afirmou, numa intervenção muito aplaudida.
Aliás, durante a tarde, foram vários os congressistas, mais ou menos conhecidos, que falaram em Lamego (Viseu) contra uma possível legalização da eutanásia.
Para Isabel Galriça Neto, a resposta para o sofrimento em fim de vida “é uma intervenção técnica e humanizada, os cuidados paliativos”.
“Para nós o problema do sofrimento em fim de vida trata-se cuidando e não eliminando a vida”, disse.
A deputada alertou que, com leis semelhantes às que aguardam discussão no parlamento português, “na Holanda praticaram-se mais de 6.500 eutanásias em 2017”, incluindo em pessoas com demência ou doença mental.
“Extrapolando estes números para o nosso país, podíamos esperar mais de 1.500 eutanásias em cada ano”, disse.
Isabel Galriça Neto salientou que a sociedade moderna que o CDS-PP pretende “tem na proteção da vida o seu valor central”.
“Este não um debate menor e este partido não tem vergonha de o fazer, a sociedade tem de se mobilizar”, apelou.
Durante a tarde, foram muitas as intervenções a apoiar a “ambição máxima” da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, para o partido, com alguns congressistas a apontá-la mesmo como “a próxima primeira-ministra”.
Também Artur Lima, líder do CDS-PP Açores, alinhou no otimismo: “Pode não ser o maior partido da oposição, mas é seguramente o melhor no Continente e nos Açores”.
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