Na intervenção durante do segundo dia do 38.º Congresso do PSD, uma das mais aplaudidas de toda a reunião magna dos sociais-democratas que decorre até domingo em Viana do Castelo, Paulo Rangel terminou com uma referência à moção temática apresentada sobre a eutanásia.
“António Pinheiro Torres: depois de o ouvir aqui ontem, eu que não era a favor, converti-me à ideia de que para a eutanásia nós precisamos de um referendo porque não há discussão na sociedade portuguesa, não há debate. Toda a gente confunde tudo”, assumiu.
Para o antigo cabeça de lista do PSD às eleições europeias, é preciso “um debate profundo” já que não se pode tomar "uma decisão essencial como esta nas costas dos portugueses”.
“Não pode ser um arranjo na Assembleia da República”, advertiu.
Paulo Rangel concluiu fazendo esse apelo “a que haja um momento na sociedade portuguesa para que haja um referendo” e Portugal não acabe “como a Holanda que está agora a discutir se vai dar a cada pessoa com 70 anos um comprimido para ela se suicidar no dia em que melhor lhe convier”.
O ex-deputado do PSD António Pinheiro Torres defendeu sexta-feira à noite que uma decisão sobre eutanásia não pode ficar limitada ao parlamento, devendo antes ser referendada, numa intervenção em que criticou a debilidade dos cuidados paliativos em Portugal.
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