No final da reunião com Rita Alarcão Júdice e com a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros, a presidente da associação sindical, Margarida Martins, referiu ter sido entregue ao Governo uma lista de reivindicações, mas considerou que o problema mais grave reside no défice de pessoal que "ameaça tornar este verão caótico", podendo no período de férias algumas conservatórias encerrarem.
O défice de 1.900 trabalhadores dos registos e o envelhecimento da classe dos conservadores (a média de idades está entre os 50 e os 54 anos) e dos oficias de registos (média de idades entre os 60 e os 64 anos) foram os aspetos mais preocupantes apontados por Margarida Martins, que se congratulou que a associação sindical tenha sido recebida por uma ministra pela primeira vez em oito anos.
Segundo Margarida Martins, os problemas do setor "são praticamente os mesmos dos últimos oito anos", tendo criticado a inércia e a desatenção do anterior Governo sobre uma área que considerou essencial para as empresas e cidadãos e com reflexos na economia.
A dirigente da associação sindical lembrou que estão pendentes cerca de 400 mil pedidos de nacionalidade e o esforço que isso implica em termos de meios humanos.
Margarida Martins assinalou ainda o problema do atraso no concurso externo para entrada de 50 conservadores e 500 oficiais de registos, numa altura em que o Instituto de Registos e Notariado (IRN) se debate com dificuldades de vária ordem, algumas delas transversais a toda a administração pública.
Material tecnológico obsoleto nas conservatórias e aquisição de programas informáticos inadequados foram outros fatores que, de acordo com Margarida Martins, contribuíram para agudizar a situação do setor.
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