“O acordo alcançado no final da COP28 deu um passo decisivo no sentido de acelerar a transição energética, ao incluir a proposta de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030, em paralelo com um compromisso para fazer a transição de todos os combustíveis fósseis (incluindo petróleo e gás, não apenas carvão) no setor energético”, apontou a EDP, em comentário escrito às conclusões da 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que terminou na quarta-feira no Dubai.
A empresa portuguesa, que participou na cimeira com uma comitiva liderada pelo presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade, e pelo administrador com o pelouro da sustentabilidade, Rui Teixeira, sublinhou que promoveu a mesma ambição expressa no acordo durante a COP28, “defendendo que se triplique a capacidade global de energia renovável para um mínimo de 11.000 GW de energia renovável até 2030, a par de políticas que permitam duplicar a eficiência energética”.
Para a empresa, o acordo indica “uma direção clara, que agora terá de ser implementada pelos governos nacionais, reguladores, empresas e cidadãos para que seja possível alcançar, em tempo e de forma equilibrada, o nível de redução de emissões necessário à neutralidade carbónica” até 2050.
O plano de negócios da EDP, revisto este ano, prevê um investimento global de 25.000 milhões de euros até 2026, com as metas estratégicas de abandonar o carvão até 2025, ser 100% renovável até 2030 (85% atualmente) e de ser neutro em emissões de dióxido de carbono até 2040.
Os países reunidos na cimeira do clima aprovaram, na quarta-feira, "por consenso", uma decisão que apela a uma transição no sentido de abandonar os combustíveis fósseis.
Trata-se de uma "decisão histórica para acelerar a ação climática", afirmou o presidente da conferência da ONU, Sultan Al Jaber.
A Cimeira do Clima do Dubai (COP28) acordou em iniciar uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis, após duas semanas de intensas negociações em que cerca de 200 países debateram a forma de enfrentar coletivamente a crise climática.
No entanto, até à sessão plenária, havia incerteza na COP28 sobre se um acordo que marcasse o fim da era dos combustíveis fósseis seria aceite pelos países ricos em petróleo, como a Arábia Saudita.
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