Ser subscritor ou ser membro? Publicidade computacional (programmatic) ou branded content? Produzir para o Facebook e para o Snapchat? Vídeo, claro, mas como?
Durante três dias, na sede da dinamarquesa JP/Politikens Hus, na praça Rådhuspladsen, estas e muitas outras perguntas estão em cima da mesa na Digital Media Europe 2017, que junta jornalistas, editores, empreendedores e especialistas de todo o mundo, inclusivamente de Portugal.
Se o ponto de partida são os desafios que se impõem à arte e aos negócios de fazer informação nos dias que correm, depressa a discussão evolui para as respostas e novas apostas no panorama do jornalismo digital.
No primeiro dia desta conferência, Christian Röpke, CEO do germânico ZEIT online, e James Waddell, gestor de redes sociais da Economist, desafiam-nos a “conversar” com a nova geração de consumidores, os millennials (nascidos nos anos 1980). Já Lea Korsgaard, editora-chefe do dinamarquês Zetland, fala sobre a importância da comunidade, ela que dirige uma publicação fundada em 2012, cujo compromisso é fazer Jornalismo de qualidade, sem publicidade, e que subsiste graças às subscrições pagas pelos seus cerca de 7.000 membros.
A publicidade domina o segundo dia de conferência. A Adyoulike estima que os gastos com publicidade nativa passem de 31 mil milhões de dólares em 2015 para 59 mil milhões em 2018 a nível mundial (29 mil milhões para 55 mil milhões de euros), pelo que o tema esta na ordem do dia. Desde o branded content aos desafios que se colocam à publicidade computacional (programmatic), sem esquecer as ferramentas para conhecer e medir audiências (analytics).
Especial atenção neste dia também para o vídeo, formato de ouro para os consumidores, mas que representa um enorme desafio para os produtores de conteúdo. Curtos, longos, em direto? Filmados na vertical ou na horizontal? Com som, sem som? Com legendas? São muitas as questões a que Nic Newman, investigador do Reuters Institute se propões responder ao abordar as perspetivas de futuro para este formato. Alexis Johann, diretor do austríaco Styria, é mais direto na mensagem quando o tema é vídeo: “Go big or go home” [Se não vais investir em grande, vai para casa].
Vamos fazer dinheiro? Novos produtos e investimentos são o mote para o terceiro e último dia da Digital Media Europe 2017. François Nel, formador e consultor, propõe-se revelar os segredos dos executivos de sucesso nas empresas de media mais lucrativas. Grzegorz Piechota, da Harvard Business School, quer mostrar aos produtores de conteúdo como se pode fazer dinheiro com o Facebook.
E, numa tarde em que os presentes são desafiados a alavancar o seu negócio na tecnologia, é de salientar a presença de Ludovic Blecher, responsável pelo fundo de inovação para os media do Google (Google Digital News Initiative - DNI), programa a que várias publicações, incluindo portuguesas, se têm candidatado com sucesso. A partilhar o seu painel estará Diogo Queiroz de Andrade, do jornal Público, para falar sobre estratégias de inovação.
Acompanhe a Digital Media Europe 2017 - organizada pela World Association of Newspapers and News Publishers - no SAPO24 e fique a par do que está a mudar no horizonte dos media.
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