“A propósito da reunião do Infarmed [realizada na passada sexta-feira], a AHRESP considera que qualquer decisão que o Governo venha a tomar deve ter como base uma análise realista e ter em conta as consequências para as atividades económicas”, sustenta a associação no seu boletim diário, hoje divulgado.
Alertando que a “confiança não pode ser abalada”, a AHRESP considera que, “perante a elevada taxa de vacinação completa em Portugal, […] o quadro atual não é comparável com o que se verificava há um ano”.
“Assim, e perante as enormes dificuldades que as nossas atividades económicas atravessaram ao longo dos últimos 20 meses, qualquer decisão a tomar deve ser devidamente ponderada”, defende.
O grupo de peritos de aconselhamento do Governo propôs, na reunião da passada sexta-feira, medidas gerais para controlar a pandemia, entre as quais o uso de máscara em ambientes fechados e eventos públicos, e medidas setoriais, como o teletrabalho sempre que possível.
“O que nós propomos é que a estratégia adaptada à circunstância atual continue a assentar em cinco eixos fundamentais: a vacinação, a renovação do ar interior, a distância, a máscara e a testagem”, afirmou Raquel Duarte, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
Na reunião na sede do Infarmed, em Lisboa, sobre a situação da pandemia em Portugal que reuniu especialistas e peritos, a especialista em saúde pública salientou que o conjunto de medidas hoje proposto “deve ser aplicado a par de um processo célere de reforço com a terceira dose da vacinação”.
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