Em comunicado, a Antram lamentou “o âmbito da medida anunciada” pela Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagem (APCAP), numa moratória que tem efeitos durante o estado de emergência imposto pelo Governo, para fazer face à pandemia da covid-19, e que se prolonga aos três meses seguintes.
“A medida anunciada é claramente insuficiente e fica muito abaixo do esperado e do reclamado por esta associação, desde logo junto do Ministério das Infraestruturas e da Habitação”, afirma a Antram, na nota.
Na segunda-feira, a APCAP, que conta com 24 concessionárias nacionais, indicou, em comunicado, que as empresas “acertaram que o pagamento de portagens passa a ser feito mensalmente, permitindo a todos uma melhor gestão da tesouraria numa fase decisiva para a atividade económica”.
De acordo com a APCAP, “as concessionárias de autoestradas, através da Via Verde, estão a apoiar as empresas transportadoras de mercadorias, com a aplicação de medidas relacionadas com o pagamento de portagens”, tendo em conta a situação atual, em que “todos são chamados a colaborar, no sentido de estimular uma rápida retoma da economia”.
Para a Antram, “seria de esperar que empresas imunes ou parcialmente imunes ao risco […] se dignassem a avançar com verdadeiras medidas de apoio às empresas de transporte público rodoviário de mercadorias”.
Nesse sentido, segundo a Antram, “o mínimo que se impunha era uma isenção das portagens” para as viaturas de mercadorias, acrescentando que tal decisão “refletirá espírito de solidariedade”.
“As empresas de transporte e os seus trabalhadores merecem mais respeito e ajuda, pela importância que tiveram, têm e irão continuar a ter em toda a cadeia de abastecimento, que permitiu manter a economia minimamente funcional, garantindo que nada falte aos portugueses”, acrescentou a Antram, que vai remeter esta posição ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas pelo novo coronavírus, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
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