Em causa estão parcerias ou protocolos entre a Câmara de Vila Nova de Gaia e o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) ou a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).
Na ordem de trabalhos da reunião camarária de segunda-feira, a qual se realizará por videoconferência fazendo uso do plano de contingência criado devido à pandemia covid-19, constam doações ao hospital, nomeadamente de espaços para descanso dos profissionais de saúde ou de material de proteção individual como viseiras e fatos.
Consta também o protocolo com o laboratório UNILABS, responsável pelos postos de rastreio e testes aos novo coronvírus instalados no concelho ou a entrega de três viaturas ao hospital de Gaia, medida que oficializada na quinta-feira da semana passada.
"[As propostas] vão à [reunião de] Câmara por proteção. Tenho alertado na Área Metropolitana do Porto que tudo o que se der e fizer, deve ficar absolutamente registado para não haver efeito Pedrógão. Às vezes o voluntarismo tem consequências. Daqui a meio ou um ano ninguém se lembra. E numa qualquer inspeção da IGF [Inspeção-Geral de Finanças] ou do Tribunal de Contas podem surgir perguntas legitimas", referiu à agência Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca frisou que tem "protocolado tudo ou com a ARS-Norte ou com o Hospital de Gaia, elogiando outros homólogos seus, mas voltando a deixar o alerta: "Tenho visto autarcas excecionais cheios de boa vontade, mas que de hoje para amanhã podem vir a ter problemas sérios. A nossa boa vontade tem de ter enquadramento jurídico, suporte deliberativo e deve estar protocolado. Salvaguardamos a Câmara e as instituições, nomeadamente os hospitais", sublinhou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representaum aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).
Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.
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