“Senhor presidente, respeito muito a sua presidência, respeito-o muito, mas são muitas famílias e muitas pessoas a trabalhar em prol do combate à pandemia e o senhor, como a pessoa mais importante deste país, deveria também prezar pelo bem do nosso país e do nosso povo”, afirmou o futebolista mais titulado da história do futebol.
Bolsonaro voltou a desconsiderar a pandemia que está a inquietar o mundo, garantindo que se apanhasse a covid-19 “nada sentiria", resumindo-a a uma simples “gripezinha”.
“É um momento muito difícil para o mundo e para a nossa população. Não devemos menosprezar essa situação, sobretudo se não temos uma cura”, reprovou o defesa que se notabilizou no FC Barcelona, no qual jogou de 2008 a 2016.
Bolsonaro, que deseja ter somente os mais velhos e doentes de quarentena, entende que “se a política de isolamento continua” o país terá “o caos e o vírus juntos”, desaprovando os governadores estaduais e autarcas que implementaram regras de isolamento social.
“Como um humilde cidadão, eu venho expressar a minha opinião, pois não quero viver sem poder partilhar momentos com as pessoas nem viver com medo delas! Que Deus abençoe o Brasil e o Mundo!”, concluiu atual jogador do São Paulo, de 36 anos, com a ‘hashgtag’ “fique em casa por amor ao próximo”.
O presidente do Brasil tem contrariado sistematicamente as recomendações a Organização Mundial de Saúde, considerando prioritário manter os empregos e a economia a funcionar em detrimento da saúde pública, sendo duramente criticado por médicos, especialistas e líderes de diversos partidos.
Até terça-feira o Brasil tinha 2.201 casos confirmados de coronavírus e 46 mortos, sendo que 40 foram no estado de São Paulo – as autoridades sanitárias esperam o pico da pandemia para o fim de abril.
Neymar, Philippe Coutinho, Gabriel Jesus, Alisson, Arthur Melo, ‘Gabigol’ e Everton são alguns dos interacionais brasileiros que nos últimos tempos têm publicado fotos a fazerem exercícios em casa e a aconselhar a população a proteger-se também.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 43 mortes e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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