Da parte do INEM há a garantia de que “monitoriza permanentemente a situação epidemiológica dos seus profissionais e realiza testagens frequentes, alargadas e dirigidas”.
“Quando os profissionais do INEM reportam ter contacto com casos positivos são imediatamente testados, o mesmo acontecendo com os seus colegas de trabalho”, refere o organismo, em resposta a um comunicado do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) sobre a testagem dos profissionais à covid-19.
O STEPH acusa o INEM de divulgar “informação absolutamente falsa”.
“Aliás, o INEM não cumpre a norma 19/2020 da Direção-Geral da Saúde, que obriga à testagem dos profissionais de saúde que não tenham plano de vacinação completo, num intervalo de sete a 14 dias”, indica.
Segundo o sindicato, o instituto de emergência médica não averigua se efetivamente os seus profissionais foram ou não vacinados com a terceira dose da vacina contra a covid-19, depois de lhes indicar que devem dirigir-se aos centros de vacinação para a dose de reforço.
Num ofício que foi tornado público e que é também dirigido ao primeiro-ministro, António Costa, à ministra da Saúde, Marta Temido, e ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, o STEPH exige a “substituição integral” do atual conselho diretivo do INEM, face ao “estado de estagnação” e de “retrocesso” que a emergência médica “tem verificado nos últimos tempos”.
Também a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) considera “incontornável” que a emergência médica está numa “situação triste” e refere que a “alegada falta de testagem no INEM é manifestamente contraproducente”.
Salienta que os profissionais do setor “estão expostos a uma maior carga viral”, já que “entram em qualquer lugar e lidam com qualquer pessoa”.
“O ambiente pré-hospitalar, que vai desde a célula da ambulância ao perímetro da área que tem que dar resposta, é um ambiente que nunca dorme”, sublinha a associação, numa nota.
Na opinião da ANTEM, “a falta de testagem é nada mais, nada menos do que falta de responsabilidade, pois compromete os profissionais, os seus familiares, mas acima de tudo os seus pacientes, o que, sem qualquer dúvida, poderá alimentar a cadeia de transmissibilidade do vírus”.
No seu comunicado, o instituto de emergência médica diz que atualmente tem nove profissionais infetados, garantindo que, “num universo de mais de 1.600 profissionais, […] a incidência da covid-19 tem-se mantido controlada, fruto das várias estratégias” implementadas no organismo.
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