Numa atualização semanal sobre a situação epidemiológica na União Europeia e Espaço Económico Europeu (UE/EEE), hoje divulgada e referente à semana de 03 a 09 de janeiro, a agência europeia fala numa “elevada e crescente taxa de notificação de casos e uma elevada, mas estável, taxa de mortalidade”.
“Foi observada uma situação epidemiológica bastante ou muito preocupante em 28 países da UE/EEE. Esta situação é em grande parte motivada pela propagação crescente da variante de preocupação Ómicron”, assinala o ECDC.
Segundo o ECDC, a Ómicron já está presente em todos os países da UE/EEE, tendo uma prevalência média estimada de 46,4%, “o dobro do que na semana anterior”, com os países a registarem percentagens entre 1,1% e 98,5% no que toca à dominância desta estirpe, altamente contagiosa.
Em termos concretos, a taxa de notificação a 14 dias de casos de covid-19 foi de 2.008 por 100 mil habitantes na semana de 03 a 09 de janeiro na UE/EEE, com os países a registarem um intervalo de 227,6 a 5.572.
De acordo com o ECDC, o maior número de casos foi verificado em pessoas entre os 15 e 24 anos seguidas pelas de 25 a 49 anos e pelas de idade inferior a 15 anos.
No que toca à taxa de mortalidade a 14 dias associada à covid-19, fixou-se em 49,2 por milhão de habitantes nesta semana, com um intervalo entre os países de 10,2 a 142,7.
Segundo a agência europeia, “esta taxa de mortalidade tem-se mantido estável durante sete semanas”, após um máximo registado na semana de 30 de novembro a 06 de dezembro, de 115 por milhão de habitantes.
Relativamente aos internamentos, a taxa de taxa de admissão hospitalar para a UE/EEE na semana de 03 a 09 de janeiro foi de 15,4 por 100 mil habitantes, num intervalo entre os países de 2,4 a 37,3.
Esta taxa relativa aos internamentos “aumentou durante duas semanas”, de acordo com o ECDC.
Já no que se refere à entrada nos cuidados intensivos, a taxa foi de 1,9 por 100 mil habitantes de 03 a 09 de janeiro, com um intervalo entre os países de 0,5 a 8,4, e tem-se “mantido estável há seis semanas”.
A Europa enfrenta assim um elevado ressurgimento de casos de infeção com o SARS-CoV-2, sendo que a contribuir para estas acentuadas taxas, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron.
O ECDC especifica que os países onde esta variante do SARS-CoV-2 é mais dominante incluem a Finlândia (99,8%), Bélgica (99,7%) e Dinamarca (95,8%).
Em Portugal, na última semana do ano, a Ómicron representava 77,2% dos casos de covid-19, segundo os dados fornecidos ao ECDC e hoje divulgados.
Apesar de as evidências preliminares indicarem que a Ómicron “tem uma apresentação clínica menos grave do que a Delta”, o centro europeu ressalva ser “ainda demasiado cedo para fazer uma avaliação completa da gravidade”.
Ainda assim, pela sua elevada disseminação, o nível global de risco para a saúde pública relacionado com esta variante na UE/EEE é “muito alto”, adianta o ECDC, pedindo aos países europeus “ação urgente e forte para reduzir a transmissão, manter a carga sobre os sistemas de saúde controlável e proteger os mais vulneráveis nas próximas semanas”, bem como para aumentar os níveis de vacinação anticovid-19.
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