“Tendo em conta que nos transportes públicos não se consegue manter os distanciamentos necessários e como este é um serviço necessário e imprescindível para se manter a vida o mais normal possível, entendemos que são necessárias medidas complementares para garantir a proteção e a confiança dos utentes e, simultaneamente, proteger trabalhadores e evitar novas cadeias de contágio”, refere a FECTRANS em comunicado.
Uma das medidas reivindicadas pela FECTRANS - que agrega sindicatos do setor dos transportes de passageiros em modo ferroviário, metros, fluvial e rodoviário - é a implementação de um programa de teste de despistagem aos trabalhadores, alegando que “a falta de sintomas não significa que não haja infeção”.
Assim, é defendido que, para reduzir todas as potenciais situações de contágio, em cada empresa devem ser criadas condições para se testarem os trabalhadores, “no sentido de se identificarem as situações dos que poderão ser portadores do vírus mesmo sem sintomas, tomando-se assim, em tempo oportuno, as medidas necessárias à sua proteção".
Ao mesmo tempo, estas são medidas de "proteção de quem utiliza os transportes públicos”, acrescenta. Além disso, deveriam ser colocados dispensadores de álcool-gel nos veículos de transporte de passageiros e nas plataformas de acesso.
“Esta é uma medida necessária, tendo em conta que não é possível reduzir as lotações dos transporte a um número que permita um distanciamento de dois metros e tendo em conta que a bordo dos comboios, autocarros e navios há diversos elementos (portas, varões de apoio, pegas de apoio, etc.) que são usados e tocados por inúmeros utentes dos transportes”, lê-se na nota.
A medida seria “um elemento acrescido na proteção dos passageiros e, ao mesmo tempo, seria uma ajuda no aumento da confiança na utilização dos transportes públicos”, é defendido.
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