Em comunicado enviado à Lusa, a AGAP revela que "está a acompanhar com toda a atenção a evolução da situação pandémica em Portugal" e que, mesmo perante um cenário de um novo confinamento geral, "é fundamental permitir aos portugueses que continuem a praticar exercício físico".
"Acreditamos que estão reunidas todas as condições para que os clubes de fitness possam manter-se abertos e estar à disposição para a prática de atividade física. O impacto de um novo confinamento pode representar uma situação irreversível para a saúde dos portugueses", alerta a associação.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AGAP, José Carlos Reis, afirma que desconhece, por agora, se os ginásios vão ser encerrados, mas admite que tem "um mau pressentimento" e que, a confirmar-se, será um revés para o setor e para a saúde dos portugueses.
"Voltar a encerrar os ginásios é uma marcha atrás, porque cria uma grande instabilidade nas pessoas e as leva a pensar que os nossos espaços são perigosos e um foco de propagação do vírus, o que na realidade não se comprova", frisa José Carlos Reis, que sublinha que "os ginásios portugueses são locais seguros", "apresentam taxas de contágio próximas de zero" e "têm um papel importantíssimo na saúde física e emocional".
No seu comunicado, a AGAP classifica como "marginal" a taxa de infeções nos ginásios e refere que "não há dúvidas de que os clubes são locais seguros para a prática de exercício físico".
Ciente de que um novo encerramento pode também significar a falência de muitos agentes deste sector, o presidente da AGAP diz que, por agora, não é esse o foco da associação, mas sim o impacto que essa decisão pode ter na saúde da população.
"As pessoas que têm hábito de prática de exercício físico têm uma saúde imunitária muito mais fortalecida do que as que não praticam. Numa situação de pandemia, o facto de praticar exercício é uma grande vantagem e não faz sentido encerrar uma atividade que reforça a saúde das pessoas", conclui o dirigente da AGAP.
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