Em entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, Graça Freitas revelou que o país está com um “excelente ritmo de vacinação”, fazendo uma previsão de que “no início de setembro, cerca de 80% da população elegível recebeu uma dose, e 70% duas doses”.
“Se isso acontecer, e apesar de termos a variante delta em circulação, dá-nos já um nível de imunidade bastante bom. Não havendo risco zero, e dependendo, mais uma vez, da situação epidemiológica nessa altura, creio que a tendência será para assumir a nossa vida com alívio das medidas”.
No entanto, deixa um alerta: “De vez em quando, teremos de fechar a torneira, porque o vírus está com maior capacidade de expandir”.
Esta previsão de percentagem de vacinados em setembro, leva já em linha de conta a faixa etária entre os 12 e os 15 anos, que atualmente ainda não tem vacinação autorizada.
Apesar de o parecer técnico da comissão de vacinação para estas idades não ter sido ainda publicado, Graça Freitas adianta que o leu e conhece, deixando transparecer que haverá essa autorização.
A aposta na vacinação é a forma mais eficaz até ao momento encontrada para tentar controlar o vírus, reduzindo ao mínimo a sua ação, mas não é infalível, já que “este vírus, pela sua capacidade de se multiplicar e sofrer mutações, não é um candidato a ser erradicado”, alerta.
Reflexo disso é o facto de surgirem casos de infeção em pessoas já vacinadas.
Segundo a diretora-geral da Saúde, num total de 2.984.095 pessoas com esquema vacinal completo, e passados 14 dias sobre a segunda dose, foram identificadas 3.580 que adoeceram, o que corresponde a 0,1%.
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