“A doação de vacinas demonstra o alinhamento de Portugal com as estratégias europeias no combate a crises de saúde pública, cuja importância para a saúde e bem-estar dos cidadãos ficou demonstrada com a pandemia de covid-19”, adiantou o INSA em comunicado.

No final de agosto, o Ministério da Saúde adiantou que Portugal estava disponível para ceder vacinas aos países africanos que têm registado um aumento expressivo de casos da doença, uma doação que estava dependente de uma articulação ao nível da União Europeia.

“Portugal tem atualmente um ‘stock’ de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste ‘stock’ de vacinas”, indicou na altura o ministério.

Segundo o INSA, esta operação integrou-se na estratégia coordenada a nível europeu pela Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA, na sigla em inglês), destinada a controlar o surto de mpox na África Central.

De acordo com o INSA, a doação faz parte de um compromisso alargado assumido pela União Europeia (UE) e pelos seus Estados-membros para fornecer mais de 580 mil vacinas contra a mpox ao continente africano, tendo já sido entregues mais de 205 mil doses.

Nas próximas semanas, vão seguir remessas adicionais de outros Estados-membros da UE, cujo transporte é assegurado pela Comissão Europeia através de uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), permitindo “assim uma resposta rápida nas regiões afetadas”, salientou o instituto.

A operação da cedência nacional de vacinas teve ainda a participação da Direção-Geral da Saúde, do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, do Infarmed e da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.

Este ano, cerca de 46 mil casos suspeitos e 11 mil casos confirmados de mpox foram registados em África, especialmente na República Democrática do Congo, com surtos significativos em outros países da região, como o Burundi ou o Uganda, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em 14 de agosto, a OMS declarou o aumento de casos de mpox na República Democrática do Congo e em vários países africanos como uma emergência de saúde pública internacional, um nível de alerta que decidiu hoje manter, com base no número crescente de infeções e na sua dispersão geográfica.