Esta semana, as autoridades anunciaram que os trabalhadores de supermercados que lidam diariamente com mercadorias importadas são obrigados a efetuar um teste à covid-19 a cada sete dias.
Nos hotéis onde quem chega ao território cumpre uma quarentena obrigatória que pode chegar aos 21 dias, mesmo sem estar infetado, lençóis e toalhas não serão substituídos. A recolha das refeições à porta do quarto só podem ser efetuada após autorização dada por telefone.
Em duas semanas, quase uma tonelada de leite foi destruída, depois das autoridades encontrarem vestígios do novo coronavírus na película plástica que envolvia as embalagens, vindas da região vizinha de Hong Kong.
Esta semana, também, a segunda maior empresa de serviços de entrega expresso chinesa suspendeu todos os envios em Macau de e para a China.
Hoje, as autoridades, preocupadas com possíveis infeções por “contacto com objetos contaminados”, lançaram uma lista de medidas que devem ser adotadas pela população para conter qualquer risco.
As medidas abrangem indicações que vão desde a esterilização das embalagens de transporte do produto, à limpeza, antes da primeira utilização, de “artigos de uso corrente que são frequentemente contactados e usados a longo prazo, como champô, gel de banho e temperos.
A lista abrange ainda recomendações como a lavagem de sacos de compras reutilizáveis, a desinfeção de “alimentos que podem ser lavados, como frutas”, e a não colocação de embalagens de alimentos no frigorífico.
Macau registou, desde o início da pandemia, há dois anos, apenas 82 casos de covid-19. O território fechou as fronteiras a não-residentes e impôs quarentenas à entrada a residentes oriundos de zonas de risco.
As medidas causaram um forte impacto económico em Macau, dependente do turismo e da indústria do jogo.
A China continental, o maior mercado de visitantes, registou na última semana milhares de infetados, valores recorde num país que aposta na política de ‘zero casos’ e que durante bem mais de um ano contabilizava no balanço diário não mais do que algumas dezenas de casos.
Na cidade vizinha de Hong Kong, a Ómicron sobrecarregou o sistema de saúde local, com a região administrativa especial chinesa a registar mais de 4.300 mortos e de 740.000 casos só nos últimos três meses.
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