Em comunicado citado pela agência France-Presse, a direção do Museu do Louvre explicou que o museu reabriu hoje cerca das 12:00, horas depois de uma reunião com os trabalhadores, tendo-lhes sido prometidas medidas complementares face à propagação do novo coronavírus.
Admitindo “preocupações legítimas”, a direção do museu sublinhou que “a prioridade absoluta” era “a segurança dos trabalhadores e dos visitantes”, embora não tenham sido especificadas as medidas adicionais de segurança.
O Museu do Louvre esteve encerrado desde domingo, porque os trabalhadores invocaram o direito a interromper o trabalho devido à epidemia causada pelo novo coronavírus.
O direito de retirada do trabalho pode ser exercido, segundo o Código do Trabalho francês, quando um trabalhador considera que a sua situação de trabalho apresenta “um perigo grave e iminente para a sua vida ou saúde”, explicou no domingo Christian Galani, membro do pessoal do Louvre.
As autoridades francesas decidiram no sábado cancelar todos os eventos públicos com mais de 5.000 pessoas num recinto fechado.
O Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, registou 9,6 milhões de visitantes em 2019, 75% dos quais estrangeiros, provenientes sobretudo dos Estados Unidos, China, Espanha, Alemanha, Itália e Reino Unido.
Em França, registaram-se já quatro mortes e 200 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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