Na segunda-feira os alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade assim como os do 2.º e 3.º anos dos cursos de dupla certificação do ensino secundário voltaram a ter aulas presenciais, depois de dois meses de ensino à distância decretado pelo Governo como forma de conter a disseminação do novo coronavírus.
Em resposta à Lusa, o gabinete do Ministério da Educação (ME) revelou que “cerca de 90% dos alunos estiveram presentes durante esta primeira semana de aulas presenciais.”
Os professores também não faltaram neste regresso às escolas, que se passou a fazer segundo orientações da Direção-Geral da Saúde para tentar reduzir ao máximo o perigo de contágio.
“A comunidade educativa tem respondido de forma verdadeiramente expressiva na atual fase de abertura parcial do ensino presencial. Nos últimos dias, estiveram presentes a quase totalidade dos docentes previstos”, afirmou o ME.
De acordo com a tutela, não houve “qualquer aumento” dos pedidos de horários novos para substituição por doença nas mais recentes reservas de recrutamento quando se compara com as Reservas de recrutamento do mês passado.
Já quando se compara as mais recentes reservas de recrutamento com as de período homólogo do ano letivo passado (2018/2019), “houve uma diminuição de mais de três vezes no número dos pedidos de horários novos para substituição por doença”.
As escolas, desde creches ao ensino superior, foram encerradas e o ensino passou a fazer-se à distância desde 16 de março, por decisão do Governo que entretanto deu autorização para a reabertura gradual dos estabelecimentos de ensino.
As instituições de ensino superior foram as primeiras a receber alunos, professores e investigadores, tendo começado a abrir de forma gradual desde o início do mês.
Esta semana, reabriram as creches e as escolas de ensino secundário para receber os alunos dos anos finais e a 1 de junho reabre o pré-escolar.
Os restantes alunos, do 1.º ao 10 ano irão continuar com ensino à distância.
Até ao momento, Direção-Geral da Saúde (DGS) contabilizou 1.289 mortos associados à covid-19 em 30.200 casos confirmados de infeção.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura da época balnear para 6 de junho.
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