"Não está prevista reativação de hospital de campanha", afirmou a autarquia, quando questionada pela Lusa sobre a eventual reativação daquela unidade perante o aumento do número de infetados com covid-19.
A estrutura esteve ativa cerca de um mês, tendo recebido, desde 14 de abril, data em que abriu portas, cerca de 30 doentes com covid-19 oriundos dos dois hospitais da cidade e também de lares rastreados no âmbito de um programa de separação de casos positivos e negativos lançado pela autarquia.
A unidade foi desativada no dia 15 de maio e desmontada em meados de junho, depois de a cidade estar sem registo de novos casos de covid-19 durante 11 dias consecutivos.
À data, em comunicado, a Câmara do Porto explicava que a decisão foi tomada em conjunto pelos Centros Hospitalares de São João e Santo António, Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e pela autarquia, "depois da cidade não apresentar qualquer caso de COVID-19 há 11 dias consecutivos e de ter caído para quinto lugar no número acumulado".
Referia ainda que, com a campanha solidária promovida pela RTP, foram angariados cerca de 400 mil euros de mais de mil doadores, o que permitiu "equilibrar as contas e garantir o financiamento do projeto".
Com um total de 320 camas para doentes covid-19, a gestão do hospital de campanha foi garantida pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e por cerca de 300 colaboradores que trabalharam em regime de voluntariado.
A estrutura foi montada tendo com o objetivo receber doentes infetados com covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas sem possibilidade de isolamento no domicílio, podendo ainda ser usada por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias, e doentes em fase de convalescença.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Portugal contabiliza pelo menos 1.957 mortos associados à covid-19 em 74.029 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
No dia 24 de setembro, o Governo decidiu prolongar até 14 de outubro a situação de estado de contingência "em todo o território nacional", mantendo em vigor as medidas para controlo da pandemia que entraram em vigor a 15 de setembro, entre elas, a limitação dos ajuntamentos a dez pessoas.
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