Segundo Fernando Tinta Ferreira, há no lar Montepio Rainha D. Leonor, situado naquela cidade do distrito de Leiria, “um surto que começou há uns dias” e, hoje, há um total de 23 utentes e três funcionários infetados.
Além disso, há também 12 pessoas infetadas, cinco das quais crianças, num surto com origem num infantário do concelho.
No lar, na sequência de ter aparecido “um funcionário com uma situação de infeção, foram mandados fazer 108 testes” aos utentes e restantes funcionários do lar. Os testes foram feitos a 26 de junho e “apareceram sete utentes infetados”, que “ficaram devidamente isolados, em confinamento”.
O autarca contou que “posteriormente começaram a aparecer sintomas em mais três utentes”, que, depois de fazerem segundo teste “deram positivo”.
Essa situação levou a que fossem feitos “segundos testes a 48 pessoas (33 utentes e 15 funcionários)”.
“Fizeram segundos testes no dia 03, anteontem [sexta-feira], e ontem [sábado] tivemos mais 13 utentes e dois funcionários. No total estão 23 utentes e três funcionários com covid”, disse.
Segundo Fernando Tinta Ferreira, “não há nenhum utente hospitalizado”.
O autarca explicou que, “para criar melhores condições e de forma a permitir que os idosos continuassem nas suas instalações”, no sábado “foram transferidos dez utentes (com duplo negativo) do lar para uma casa de saúde”, também da entidade Montepio Rainha D. Leonor, e “com isso foi libertado espaço no lar, o que foi muito importante”.
“Isto permitiu dividir os utentes em três espaços completamente diferenciados dentro do lar: positivos numa zona devidamente isolada; utentes com teste negativo, mas que tiveram algum contacto com alguns dos positivos; utentes com teste negativo e que não tiveram contacto com ninguém positivo”, contou o autarca.
No total, no lar Montepio Rainha D. Leonor, que acolhe 59 idosos, trabalham 50 funcionários. Todos, utentes e funcionários, “todos testados a 26 de junho e grande parte testados no dia 03 pela segunda vez”. “Há pessoas que deram negativo no primeiro e passados uns dias deram positivo”, salientou Fernando Tinta Ferreira.
Já no caso do infantário, “há uns dias uma criança apareceu com sintomas, fez o teste e foi detetado covid”.
“Desde aí já temos mais 11 situações: cinco crianças infetadas, três colaboradores (duas educadoras e um motorista) e quatro familiares das crianças”, contou.
O número total de pessoas infetadas é, hoje, de 12 pessoas, “todas a recuperar nas suas casas”.
No entanto, esse número poderá aumentar, visto que “ainda não chegaram todos os resultados dos testes (mais 40) que foram mandados fazer posteriormente”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 530 mil mortos e infetou mais de 11,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.614 pessoas das 43.897 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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