“Nós queremos publicar o contrato hoje e estamos em discussões com a empresa”, sobre as partes do texto que devem ser mantidas em sigilo por razões de confidencialidade, assinalou Von der Leyen, numa entrevista hoje de manhã à rádio alemã Deutschlandfunk.
A intenção da Comissão em tornar público o contrato firmado com a AstraZeneca ocorre em pleno ‘braço de ferro’ entre a UE e a farmacêutica britânica, que se diz agora incapaz de fornecer as doses de vacinas contratualizadas com Bruxelas, e no dia em que é esperada a ‘luz verde’ da Agência Europeia do Medicamento (EMA) à sua utilização na Europa.
Em agosto de 2020, a Comissão Europeia assinou um contrato – orçado em 336 milhões de euros - com a AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a covid-19 produzida em colaboração com a universidade de Oxford, com uma opção de mais 100 milhões de doses.
No entanto, na semana passada, a AstraZeneca anunciou que pretende entregar doses consideravelmente menores do que acordado com a UE, por alegados problemas de capacidade na produção, o que causou a indignação do executivo comunitário, que ameaça recorrer às vias legais.
Este foi o primeiro contrato assinado por Bruxelas com uma farmacêutica para aquisição de vacinas contra a covid-19 de um total de oito já existentes.
O bloco comunitário já anunciou, entretanto, a criação de um mecanismo de transparência para monitorizar as exportações para países terceiros das vacinas que integram o portefólio da Comissão Europeia para evitar este tipo de problemas na entrega.
Além da UE, a AstraZeneca é uma das maiores fornecedoras de vacinas contra a covid-19 no Reino Unido (antigo Estado-membro) e nos Estados Unidos, por exemplo.
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