“Os blooms algais [crescimento rápido e sem controlo em meio aquático de algas] no troço no rio Tejo a jusante de Cedillo, última barragem em Espanha, são recorrentes, ocorrendo todos os anos entre o final da Primavera e o início do Outono, em situações em que se verifiquem concentrações elevadas de nutrientes na água, nomeadamente fósforo, e condições de temperatura e luminosidade elevadas”, explicou a APA, em comunicado enviado à agência Lusa.
A associação ambientalista Quercus denunciou hoje um crescimento anómalo de microalgas desde a entrada do rio Tejo em Portugal, em Vila Velha de Ródão, até Ortiga, em Mação.
Os ambientalistas exigiram a intervenção urgente do Ministério do Ambiente e Ação Climática.
“Esta situação inaceitável repete-se ciclicamente e precisa de resolução política eficaz e urgente. As águas estão extremamente poluídas desde a entrada do rio Tejo em Portugal, em Vila Velha de Ródão [distrito de Castelo Branco], Arneiro, Nisa, chegando mesmo até Ortiga, já no município de Mação”, referiram.
A Quercus reiterou a posição pública do Movimento Protejo e considerou que “há fundamento para apresentar uma queixa à Comissão Europeia contra os governos de Portugal e Espanha”.
Entretanto, a APA sublinhou que tem vindo a acompanhar o aparecimento e evolução deste bloom algal, nomeadamente através da monitorização da qualidade da água, “que apesar de não colocar em causa os atuais usos da água da albufeira, dado que não incluem a prática balnear nem o abastecimento público, correspondem a uma diminuição da qualidade da água”.
“A concentração de oxigénio dissolvido não tem atingido concentrações que coloquem em risco a sobrevivência de espécies aquática, como sejam os peixes”, sustentou a APA.
Adiantou ainda que monitoriza mensalmente a qualidade da água das albufeiras de Cedilho, Fratel e Belver e o rio Tejo a jusante destas.
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