No discurso de encerramento da Academia Socialista, em Évora, Carlos César começou por lamentar que o PSD nunca reconheça “o que tem corrido bem” na governação socialista.
“À vezes dizem-me: ‘mas porque é que não há dia em que o presidente do PSD não fale sempre naquela gritaria, sempre bramindo contra qualquer medida do Governo, contra o Governo, contra o PS, ou até insultando o primeiro-ministro?'”, disse.
Confessando ter “simpatia pessoal” por Luís Montenegro, César defendeu que a resposta “é simples, mas infelizmente civicamente intranquilizadora”.
“Essa negação constante, e essa gritaria, sempre reincidentes, é não só porque o líder do PSD precisa de mostrar, para sobreviver no seu partido, que fala mais alto do que Rui Rio ou do que os restantes líderes da direita, como é que porque o PSD está convencido que não se alimenta, que não engorda com o que de bom acontece no nosso país, e o que lhe dá mais jeito é vender a ideia de um Portugal como se fosse um monte negro de problemas”, acusou.
Carlos César incentivou o PS a prosseguir “no cumprimento dos programas que os portugueses foram sucessivamente sufragando” antes de lançar nova ‘farpa’ aos presidente dos sociais-democratas.
“Sabemos o que queremos, sabemos o que estamos a fazer e sobretudo não somos como o maior partido da oposição, que de líder em líder, num salta-pocinhas, diz uma coisa num dia e outra noutro, ou diz uma coisa e o seu contrário no mesmo dia, ou, como no caso da redução de impostos, diz num dia o contrário do que disse no ano anterior, ou diz num dia o que tem a certeza que o Governo pretende dizer no dia seguinte”, atirou.
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