O piloto madrileno beneficiou com a decisão da direção de corrida de fazer partir os 30 primeiros classificados do prólogo de três em três minutos (tinha sido 28.º), minimizando o pó em pista na tirada que ligou Jeddah a Bisha, com uma especial de 277 quilómetros cronometrados.
Sainz manteve um aceso duelo com o francês Stéphane Peterhansel (Mini), que terminou a apenas 25 segundos do piloto espanhol, vencedor da prova em 2020, e é segundo da geral, a oito segundos. O checo Martin Prokop (Ford), antigo piloto de ralis, é terceiro, a 3.59 minutos do líder.
"O facto de sair três minutos depois do piloto que partia à minha frente fez com que não tivesse de ultrapassar tantos adversários", explicou.
Sensivelmente a meio da etapa, Sainz até estava a perder 3.44 minutos para o piloto francês, devido a um furo e a um erro de navegação, mas com uma ponta final infernal conseguiu arrebatar a vitória na etapa e saltar para a liderança da prova, até porque Peterhansel também sofreu um furo nos derradeiros quilómetros.
"Estar na frente não fazia parte da estratégia, porque na segunda etapa a navegação vai ser ainda mais difícil e não sei se não vamos pagar caro", disse o francês.
Pior sorte teve o compatriota Sébastien Loeb (BRX), que sofreu três furos e perdeu já mais de 24 minutos para o líder, enquanto o catari Nasser Al-Attyiah (Toyota), que hoje abria a pista, furou duas vezes e perdeu mais de 12 minutos, numa etapa com navegação difícil.
"Optámos por vencer o prólogo, mas já sabíamos que íamos perder tempo. Mas o que interessa é a etapa de amanhã [segunda-feira]", frisou o catari.
O português Ricardo Porém (Borgward) foi apenas 43.º, a 48.51 minutos de Sainz, sendo 41.º na geral.
Nos SSV, Lourenço Rosa (Can-Am) é 18.º, a 44.58 minutos do líder, o espanhol Gutierrez Herreno (OT3).
A prova tem partida e chegada em Jeddah, com cerca de oito mil quilómetros de percurso, terminando no dia 15 de janeiro.
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