“Uma das características comuns a todas as presidências portuguesas da UE é a capacidade de enfrentar grandes desafios e de contribuir para a construção de uma Europa mais social”, aponta Sassoli.
Evocando o atual “momento singular”, “em que a Europa e o mundo sofrem as consequências de uma pandemia sem precedentes”, o líder da assembleia europeia destaca que “a presidência portuguesa estabeleceu, uma vez mais, o objetivo de consolidar o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, precisamente quando este é mais necessário”.
“Na Cimeira Social do Porto uniremos esforços para tomar medidas concretas: a Europa precisa de um mercado de trabalho forte e de um sistema de proteção sólido para os seus trabalhadores, salários iguais e um sistema de pensões justo, medidas que devem ser tomadas no contexto do diálogo social”, afirma.
O presidente do PE destaca que “este é o caminho a seguir” para “reconquistar a confiança dos cidadãos, melhorar a competitividade da Europa e torná-la uma referência para a justiça social, não deixando ninguém para trás” e que, para isso, as políticas sociais “devem necessariamente” ser colocadas no centro da transição em curso para uma Europa digital e verde.
A Cimeira Social do Porto, que se realiza em 07 de maio e é seguida de um Conselho Europeu informal, a 08, pretende reforçar o compromisso dos Estados-membros, das instituições europeias, dos parceiros sociais e da sociedade civil com a aplicação do plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e das suas três metas: que pelo menos 78% dos europeus adultos entre os 24 e os 64 anos tenham emprego, que haja no mínimo menos 15 milhões de pessoas na pobreza e que todos os anos pelo menos 60% dos adultos tenham ações de formação.
Esta é segunda vez, em quatro presidências portuguesas do Conselho da UE, que a Europa Social está em destaque, depois de, em 2000, ter sido adotada a Estratégia de Lisboa, um compromisso de renovação económica, social e ambiental para uma Europa da inovação e do conhecimento.
Portugal exerce até 30 de junho a presidência do Conselho da UE, seguindo-se a Eslovénia, no próximo semestre.
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