Eleições nos EUA revelaram profundas divisões que continuam a definir o país
A eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos culminou com a vitória do candidato republicano, Donald Trump, após uma campanha marcada por grave tensão política e profundas divisões que continuarão a definir o país nos próximos anos.
Até ao primeiro debate televisivo presidencial, em 27 de junho, com Joe Biden ainda como candidato democrata, as sondagens favoreciam Trump e tudo parecia correr de feição para os republicanos.
No entanto, ironicamente, foi o fraco desempenho de Biden nesse debate que reacendeu a luta pela vitória, quando o Presidente em exercício se retirou da corrida, dando lugar à candidatura da sua vice-presidente, Kamala Harris, que revitalizou a campanha com uma plataforma progressista que incluía reformas no sistema de justiça criminal, ampliação do acesso à saúde e defesa dos direitos reprodutivos das mulheres.
Ao assumir a candidatura democrata, Kamala Harris enfrentou o difícil desafio de consolidar a sua imagem perante o eleitorado num período de campanha excecionalmente curto.
Contudo, logo nas primeiras semanas, Harris demonstrou nas sondagens um desempenho mais eficaz do que o de Biden e conseguiu reunir muitos milhões de dólares de donativos para financiar o esforço de campanha.
A plataforma política de Harris centrou-se na criação de uma "economia de oportunidades", com propostas destinadas a beneficiar a classe média, incluindo a concessão de benefícios fiscais com o nascimento de um filho, auxílio para a compra da primeira casa e estímulo à criação de empresas.
Contudo, apesar do apelo das suas propostas, Harris revelou sempre dificuldade em romper com a imagem de uma figura do Governo impopular de Biden, bem como de responder aos eleitores preocupados com questões como imigração e inflação.
A campanha de Trump enfrentou desafios significativos, incluindo duas tentativas de assassinato: em 13 de julho, durante um comício em Butler, Pensilvânia, onde foi ferido na orelha por um disparo; e a 15 de setembro, no Trump International Golf Club, na Florida, com a detenção de um suspeito.
Apesar destes incidentes, Trump manteve uma campanha centrada em políticas de linha dura, prometendo selar a fronteira sul para combater a imigração ilegal e revitalizar a economia através de tarifas protecionistas.
O candidato republicano adotou uma postura ainda mais isolacionista do que a que tinha ensaiado no seu primeiro mandato (2017-2021), propondo reduzir o envolvimento dos EUA em conflitos internacionais e reavaliar alianças tradicionais, como a NATO.
Para reforçar a sua base de apoio, Trump escolheu como candidato a vice-presidente JD Vance, senador do Ohio e antigo crítico que se tornou um dos seus mais fervorosos apoiantes; Harris, por sua vez, foi buscar ao Minnesota o seu governador, Tim Walz, conhecido pela sua abordagem assertiva contra figuras republicanas mais radicais.
Na reta final, as sondagens indicavam um empate técnico, com os estados flutuantes — Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin — a desempenharem um papel crucial.
Trump acabaria por assegurar a vitória ao conquistar a maioria destes estados, ultrapassando facilmente os 270 votos necessários no colégio eleitoral (312 votos contra 226 de Harris) e, igualmente importante, o seu Partido Republicano manteve a maioria na Câmara de Representantes (220 lugares contra 215) e recuperou a maioria no Senado (53 lugares contra 47).
O segundo mandato de Trump promete ser tão ou mais controverso do que o primeiro, depois das suas promessas de retaliação contra opositores políticos, o endurecimento das políticas de imigração, assumindo uma postura isolacionista na política externa que poderá redefinir o papel dos Estados Unidos no cenário global.
Da esperança de paz ao aprofundamento da guerra entre Israel e Hamas
Ainda sem o desejado acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, as partes em conflito mantêm-se irredutíveis nas suas posições, apesar da esperança desencadeada com a trégua entre Telavive e o Hezbollah.
A esta trégua há a juntar o surpreendente fim do regime sírio da família al-Assad, com a queda de Bashar al-Assad (filho), que, apesar das incertezas sobre um futuro democrático (ocidental) do país, aumenta a esperança numa pacificação no Médio Oriente, algo que Rússia, a braços com a guerra na Ucrânia, e Irão, afetado por graves sanções económicas, parecem, mesmo assim, capazes de contrariar.
A ofensiva israelita contra Gaza foi lançada na sequência do ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e levou ao sequestro de mais de 250 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
Um dia depois, o movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah começou a bombardear o norte de Israel e entrou também no conflito, saindo em defesa dos “irmãos palestinianos” – as partes chegaram a 27 de novembro a uma trégua de 60 dias, com ambas a denunciar mutuamente violações ao acordo.
Independentemente das esperanças num cessar-fogo, a guerra entre Israel e o Hamas já causou, “oficialmente”, a morte a quase 46.500 pessoas (44.758 palestinianos e 1.706 israelitas), na grande maioria civis.
O total inclui entre 134 a 146 jornalistas, 120 académicos e mais de 225 trabalhadores humanitários, contando com os 179 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA). Entre os mortos estão sinalizados 12 portugueses, na quase totalidade luso-israelitas.
O Hamas contabilizou também mais de 106.200 feridos. Os números não são totais, pois estima-se que centenas ou milhares de corpos possam estar sob os escombros dos devastados edifícios da Faixa de Gaza.
Na Cisjordânia, cerca de 800 palestinianos, na maioria civis, morreram às mãos do exército israelita ou dos colonos. Responsáveis israelitas referiram que cerca de três dezenas de soldados israelitas morreram na Cisjordânia, em ataques palestinianos ou durante as operações militares.
As sucessivas negociações para um acordo de cessar-fogo, entabuladas maioritariamente pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, têm esbarrado nas exigências israelitas de libertação de todos os reféns ainda retidos pelo Hamas, que, por sua vez, diz que só os liberta depois de as tropas de Israel abandonarem o enclave.
Mas setores do Governo ultraconservador do primeiro-ministro israelita, Benjamin Natanyahu, já assumiram publicamente a ideia de criar mais colonatos e mesmo acabar com os territórios palestinianos, o que tem sido considerado inaceitável pela comunidade internacional, que continua, maioritariamente, a defender a solução de dois Estados independentes.
Mas, também internamente, Netanyahu debate-se com uma luta contra a justiça, pois começou na terça-feira o julgamento das acusações que vêm desde 2019 de corrupção, fraude, suborno e quebra de confiança em três casos distintos, de receção de presentes em troca de favores e tratamento favorável para uma cobertura positiva em vários meios de comunicação social, além das mais recentes, associadas às pressões para manipular as atas das reuniões anteriores a 07 de outubro de 2023.
O prolongamento da guerra tem sido associado também à vontade de Netanyahu em ganhar tempo para anular o julgamento, embora as manifestações quase diárias contra a sua manutenção no poder lembrem que quando cair será com estrondo.
Médio Oriente entrou em ebulição com receio de escalada nos conflitos
O Médio Oriente viveu um ano de ebulição, com o alastramento da guerra entre Israel e o Hamas ao Líbano, o Ocidente a defender Telavive e Rússia e Irão a levantarem a ameaça de uma escacada no conflito.
Se o total de mortos nos diferentes conflitos já atinge os quase 50.000 e o de feridos a ultrapassar largamente os 100.000, a esperança reside nas negociações com vista à paz em curso entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano, sendo ainda uma incógnita se o exemplo da trégua de Telavive com o Hezbollah libanês trará novos incentivos à pacificação do Médio Oriente.
Por outro lado, os surpreendentes desenvolvimentos na Síria, com o fim de 54 de regime autocrático e repressivo do clã al-Assad (Hafez, pai, e Bashar, filho), a 08 deste mês, vêm aumentar, por um lado, as incertezas em relação ao tipo de governo que poderá sair de Damasco, e, por outro, se ajudará aos esforços de paz na região.
Se a Rússia parece mais envolvida na Ucrânia (afirmou-se surpreendida com a facilidade com que os rebeldes e milícias congregadas em torno da Organização para a Libertação do Levante (OLL ou Hayat Tahrir al Sham, HTS, em árabe), apoiados pela Turquia, que tomaram Damasco após 12 dias de ofensiva quase sem resistência) –, o Irão já admitiu que o ‘Eixo da Resistência’ – que inclui o Hamas, o Hezbollah, os rebeldes Huthis, do Iémen, e uma miríade de milícias no Iraque e, até agora, na Síria – será afetado pela queda de al-Assad.
Impensável até ao início deste mês que a Síria viesse baralhar todo o momento político e militar no Médio Oriente, certo é que os Estados Unidos e Israel, apoiados também por milícias sustentadas pela Turquia, mostraram-se favoráveis à coligação liderada pela OLL, desconhecendo-se, a partir daqui, o que irá suceder.
Ao longo de todo o ano de 2024, sucederam-se no Médio Oriente confrontos armados que afetaram a grande maioria dos países da região, provocando um número de mortos inusitado em conflitos em que Hamas e aliados, de um lado, e Israel e parceiros, do outro, afirmam que podiam ser resolvidos rapidamente se houvesse vontade política.
Tal como na Ucrânia, quando Moscovo proclamou que a invasão iniciada a 24 de fevereiro de 2022 teria êxito em poucas semanas, também Telavive disse acreditar que resolveria rapidamente a retaliação ao ataque do Hamas - que matou 1.200 pessoas e sequestrou 250 a 07 de outubro de 2023 - aniquilando o movimento islamita.
Com o conflito a centrar todas as atenções ao longo de 2024, a guerra aberta alargou-se também ao movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, com quem Israel assinou uma trégua de 60 dias a 27 de outubro passado, e ao Iémen, através dos rebeldes Huthis (no poder em três quartos do país), que “controlavam”, com mísseis, os interesses israelitas no Mar Vermelho.
Pelo meio, ao longo de todo o ano, Qatar, Egito, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos tentaram encontrar uma solução para o conflito entre Israel e o Hamas, mas, sempre que avançavam, Israel tirava uma carta da manga e atacava cirurgicamente, com enormes perdas de civis, os responsáveis quer do Hamas quer do Hezbollah.
Apanhados desprevenidos no ataque do Hamas, os serviços secretos israelitas procuraram, desta forma, atenuar as falhas quer com os inusitados ataques com explosivos nos ‘pagers’ e nos ‘walkie-talkies’ de dirigentes do Hezbollah, que com a eliminação dos líderes do movimento, primeiro Hassan Nasrallah e depois Sashem Safiedine – daí a trégua parecer ter sido mais facilitada.
Do lado do Hamas, Israel também foi eliminando vários líderes ao longo do ano – entre outros, Yahya Sinwar, considerado o líder da "linha-dura" do movimento (morto em outubro), Mohammed Deif, chefe do Estado-Maior do Hamas (agosto), Ismail Haniyeh, líder do movimento (julho), e Saleh al-Arouri, chefe das operações do Hamas na Cisjordânia (janeiro).
Um fator a ter em conta que já se faz sentir na região é o peso que poderá ter o futuro Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, eleito a 05 de novembro e que será empossado a 20 de janeiro de 2025, sobretudo em relação ao impacto que pode ter no seu homólogo russo, Vladimir Putin, mas também na conturbada ligação com o Irão.
Incursão de Kiev na Rússia e escalada no armamento marcam ano de guerra a leste
Sem paz à vista, a guerra dos ucranianos contra a invasão russa ficou este ano marcada pela incursão de Kiev em território russo na região de Kursk e por uma escalada no tipo de armamento usado no conflito.
No princípio de agosto, tropas ucranianas passaram à ofensiva e atravessaram a fronteira, reclamando a conquista de cerca de mil quilómetros quadrados em uma semana.
A Ucrânia já tinha levado a guerra a território russo, mas nunca com uma ofensiva desta dimensão, empenhando centenas de militares, artilharia e blindados.
O contra-ataque de Moscovo não se fez esperar e em cerca de três meses, os cerca de 50 mil militares russos destacados para Kursk foram recuperando localidade após localidade, saldando-se a incursão ucraniana num fracasso estratégico, pois não conseguiu manter a conquista territorial nem enfraquecer o controlo russo sobre as zonas ocupadas ou evitar a ocupação de ainda mais parcelas da Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodyyr Zelensky, passou o ano a encontrar-se com líderes dos países que apoiam o esforço de guerra, insistindo nos pedidos que desde 2022 têm dividido aliados: mais armas, adesão à NATO, adesão à União Europeia e autorização para o uso de armas mais destruidoras contra os russos.
No final de novembro, o Presidente norte-americano que está de saída, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar sistemas de armas capazes de lançar mísseis a mais de 300 quilómetros de distância, que permitiriam a Kiev atacar alvos bem dentro do território da Rússia.
Ao longo do ano, o Presidente russo, Vladimir Putin advertiu que consideraria qualquer ataque à Rússia com armas fornecidas por aliados ocidentais da Ucrânia como um ataque desses países, reiterando a ameaça de que a Rússia poderá responder com armas nucleares a ataques convencionais.
A 22 de novembro, Putin subiu a parada, atingindo a cidade de Dnipro com um novo míssil hipersónico que foi inicialmente identificado como míssil balístico intercontinental.
Foi também no mês passado que Moscovo começou a usar outro trunfo: cerca de 10.000 militares norte-coreanos - na estimativa ocidental - chegaram à Rússia e começaram a lutar ao lado de tropas russas.
O impacto do apoio do regime de Kim Jong-Un - que já tinha fornecido munições e armamento à Rússia - no conflito ainda está por avaliar, mas sinalizou mais um passo no alargamento de um conflito que desde 24 de fevereiro de 2022 continua a ameaçar a segurança do continente europeu, levando vários países a aumentar investimentos em defesa e, no caso de vizinhos da Federação Russa, a reforçar fronteiras.
O futuro ocupante da Casa Branca, o regressado Donald Trump, venceu as presidenciais norte-americanas deste ano e, mesmo antes de tomar posse, procurou demonstrar que está empenhado em conseguir que Moscovo e Kiev negoceiem uma trégua.
Depois de se encontrar com Zelensky em Paris este fim de semana, Trump afirmou estar a "trabalhar ativamente" para conseguir um acordo, ao mesmo tempo que admitiu reduzir o apoio militar norte-americano à Ucrânia durante o seu mandato
Zelensky também admitiu no início de dezembro abertura para negociar um cessar-fogo, reiterando a adesão à NATO como condição.
Ao longo do ano, a Rússia visou várias vezes infraestruturas de energia ucranianas, pressionando ainda mais a população civil, desgastada por mais de mil dias de guerra.
Embora não haja estimativas confirmadas do número de baixas do conflito desde 2022, o número mais recente avançado por Zelensky situa-as em 43 mil militares mortos e 370.000 feridos.
Moscovo não confirma, mas de acordo com os serviços secretos militares britânicos, só em novembro, Moscovo terá perdido mais de 45 mil homens.
Enquanto se espera por Trump, incerteza a Oriente
A incerteza sobre o Médio Oriente e Ucrânia e o regresso de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos da América dominam o começo de 2025, que herda guerras cujo fim ainda não se vislumbra.
Trump, que venceu as presidenciais de novembro, tem mantido um discurso anti-intervencionista, declarando-se empenhado em conseguir um cessar-fogo no conflito que opõe a Ucrânia à invasão russa de fevereiro de 2024.
Ao mesmo tempo, avisou que Kiev pode esperar uma redução no volume de apoio militar norte-americano estabelecido pela administração do seu antecessor, Joe Biden.
Dos alegados esforços de paz não se conhecem pormenores, mas poderão implicar suspender as hostilidades e partir para negociações com parte da Ucrânia ocupada, tirando da mesa para já a adesão ucraniana à NATO reclamada por Kiev.
O republicano pode ter resumido a estratégia internacional norte-americana para os próximos anos, em maiúsculas, numa mensagem que colocou na sua rede social, Truth Social, a propósito da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria nos primeiros dias de dezembro: "os Estados Unidos não devem ter nada a ver com isto. Esta luta não é nossa. Deixem correr. Não se envolvam!".
O futuro da Síria é uma das incógnitas para o ano que vem, depois de uma coligação de várias fações armadas rebeldes encabeçadas pelo grupo 'jihadista' Hayat Tahrir al-Sham ter conquistado Damasco e obrigado al-Assad a procurar asilo na Rússia.
No que diz respeito à guerra que Israel mantém em várias frentes - contra o movimento islamita palestiniano Hamas e contra os xiitas libaneses do Hezbollah -, Trump também deverá ter influência no que se seguir, mas as suas intenções reais ainda são vagas.
Instando Israel a "terminar a tarefa" de eliminar o Hamas na Faixa de Gaza, onde de acordo com os islamitas já morreram quase 45 mil pessoas por causa da ofensiva israelita desencadeada pelos ataques do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, Trump também defendeu que é preciso acabar com a mortandade.
No Líbano, o cessar-fogo alcançado entre Israel e o Hezbollah em novembro ainda não se desfez, mas a tensão permanece elevada entre os israelitas e o Irão, patrocinador de ambos os grupos considerados terroristas pelos EUA e União Europeia que Telavive combate.
A nível europeu, 2025 começará com António Costa em plenas funções como presidente do Conselho Europeu, num mandato cujas prioridades incluem a resolução do conflito na Ucrânia - onde escolheu passar o primeiro dia do seu mandato - e mais investimento dos estados-membros em Defesa, o que deverá complicar as negociações para o próximo orçamento da União Europeia.
Competitividade e crescimento económico europeu face a uns EUA e China assanhados na competição e os processos de alargamento da União em curso deverão também marcar o ano, de acordo com os objetivos traçados por Costa, que não deixou de defender um "diálogo franco" com a administração Trump.
Entre as principais potências europeias, 2025 começará com incógnitas na Alemanha - cuja coligação governamental se desfez -, que voltará às urnas para eleger um novo executivo em fevereiro, e em França, que na reta final deste ano viu cair o Governo de Michel Barnier, o mais curto em seis décadas.
Como no resto do mundo, também na China se aguarda pelo que o segundo mandato de Trump trará, com o foco na 'guerra' económica entre os dois países e a ameaça perene de tomar - Taiwan - aliado dos EUA - pela força.
O ano de 2025 será também de trabalho na consolidação do acordo comercial UE-Mercosul, que liga os 27 ao bloco sul-americano, e que os negociadores do Brasil, um dos fundadores, admitem que possa vir a ser assinado até ao fim do ano, ao cabo de um processo complexo de revisão e tradução dos textos.
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