Em conferência de imprensa conjunta, antes da reunião para o Conselho de Energia UE-EUA, Josep Borrell assinalou a importância da cooperação e o mais recente desenvolvimento na Guerra da Ucrânia: a movimentação de armas nucleares russas para a Bielorússia. Já o secretário de Estado dos EUA mostrou-se preocupado com a dependência de energia russa por parte da Europa, mostrando-se aberto para trabalhar na sua redução.
"A nova aposta da Rússia, com as armas nucleares, foi movê-las para a Bielorússia. Isto constitui uma nova escalada e é uma nova ameaça direta à segurança europeia. Isto acontece, ironicamente, depois da visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, onde mencionou uma busca pela paz e onde mencionaram a não necessidade de usar armas nucleares. Dias mais tarde, a Rússia colocou armas nucleares na Bielorússia", afirmou Borrell.
Josep Borrell e Antony Blinken têm discutido com afinco o papel da China neste conflito, com Borrell a referir o "dever moral da China na defesa de paz. Não podem estar do lado do agressor, não podem apoiar militarmente o agressor".
Do lado dos EUA, Blinken fez referência à dependência de energia russa por parte da Europa, com o secretário de Estado a afirmar que "vamos trabalhar para reduzir essa dependência e queremos melhorar a produção de energias renováveis".
Antony Blinken confirma que relações entre e UE e os EUA "estão mais fortes do que nunca e são muito importantes", mostrando o seu apoio na resolução do conflito ucraniano que "afeta milhares de pessoas, não só na Ucrânia, mas também no mundo inteiro", demonstrando logo de seguida o seu agrado pelo novo reforço financeiro à Ucrânia de 2 milhões de euros.
Para além da Guerra da Ucrânia, os "ciclos viciosos da violência em Israel e nos territórios ocupados da Palestina", segundo Borrell, são um tópico de extrema importância e que o duo, tal como na posição da China perante a Guerra da Ucrânia, tem vindo a analisar com profundidade.
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