“Cerca de 600 moçambicanos à procura de asilo foram repelidos da Tanzânia”, afirmou em comunicado o ACNUR, manifestando “preocupação” em relação à sorte destas pessoas “reenviadas à força” para o seu país.
Hoje ao final do dia, o governo não tinha ainda reagido a estas informações.
A 24 de março, grupos armados atacaram Palma, cidade portuária com 75.000 habitantes, matando dezenas de civis, polícias e militares.
O ataque sigilosamente preparado, lançado a apenas alguns quilómetros do mega-projeto de gás do grupo francês Total, na península de Afungi, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
O exército moçambicano retomou hoje o controlo — pelo menos parcial — da cidade, segundo as autoridades moçambicanas.
Cerca de 10.000 pessoas foram deslocadas pelo ataque, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM).
Perto de 23.000 pessoas encontram-se atualmente na região de Afungi, sob proteção militar, segundo a OIM.
As autoridades acreditam, no entanto, na presença de rebeldes infiltrados entre os deslocados.
Muitos habitantes encontraram refúgio no mato, sem acesso a comida ou água, fugindo para distritos mais a sul, agora sob controlo do exército, ou mais a norte, junto à fronteira tanzaniana.
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