O presidente da Comissão Organizadora do Congresso Internacional de Artery Society, Pedro Guimarães Cunha, disse à Lusa que a deteção precoce é “fundamental” para combater aquela que é a principal causa de morte em Portugal.
“As doenças cardiovasculares estão na origem de 30% das mortes em Portugal, um paradigma que só poderá ser mudado com uma aposta forte na deteção precoce e no tratamento atempado”, referiu.
Segundo Pedro Guimarães Cunha, outro dos focos do congresso será a relação entre as artérias e a doença vascular cerebral.
Uma temática que, acrescentou, tem particular acuidade para Portugal, o país da Europa Ocidental com maior taxa de acidente vascular cerebral (AVC).
“Somos um dos 10 países do mundo onde se morre mais de AVC do que de doença coronária”, sublinhou.
Pedro Cunha lembrou ainda que 42 por cento da população portuguesa é hipertensa, “um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares.”
O congresso juntará entre 300 a 400 médicos e cientistas de todo o mundo, para participarem num conjunto de conferências, debates, apresentações técnicas e discussão de trabalhos científicos.
Esta é a 18.ª reunião da Artery Society, sendo a primeira vez que se realiza na Península Ibérica.
Segundo a Câmara de Guimarães, a candidatura da cidade Guimarães foi a vencedora do concurso a que acorreram outras cidades do mundo.
“Guimarães juntar-se-á, assim, ao restrito lote de 14 cidades europeias que acolheram o congresso nos últimos 20 anos, sendo a primeira vez que se realizará na Península Ibérica”, sublinha um comunicado do município.
Acrescenta que a escolha de Guimarães “muito se deve” ao facto de a Unidade de Hipertensão e Risco Cardiovascular do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar do Alto Ave ter sido distinguida como Centro de Excelência Europeu pela Sociedade Europeia de Hipertensão (SEH).
O congresso é organizado pela Escola de Medicina da Universidade do Minho e pelo Centro para a Investigação e Tratamento de Hipertensão Arterial e Risco Cardiovascular do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Guimarães, com o apoio da Câmara de Guimarães.
Comentários