Questionada pela Lusa, fonte da Construção Pública (antiga Parque Escolar) referiu que a presença da bactéria legionella foi detetada “no chuveiro do balneário feminino, no chuveiro do balneário dos professores e numa torneira de água quente num WC”.
“Foram de imediato aplicados os procedimentos em vigor e, até à receção do resultado de todas as contra-análises necessárias, os referidos equipamentos permanecem interditos”, refere a mesma fonte.
A Construção Pública esclarece ainda que, apesar da interdição destes equipamentos, a escola continua em pleno funcionamento, não havendo risco de saúde para a comunidade escolar.
Em 4 de dezembro de 2023, no âmbito do plano de manutenção e conservação preventiva do estabelecimento de ensino, foram recolhidas amostras de água tendo sido detetada a presença de “legionela spp” numa torneira de água quente num WC e “legionella pneumophila, serogrupo 2-14”, a variante mais grave, no chuveiro do balneário feminino e no chuveiro do balneário dos professores.
A 21 de dezembro, a Câmara de Espinho emitiu um comunicado onde dava conta da existência de uma possível situação de ‘legionella’ na Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida.
Na nota, a autarquia referia que, na sequência da deteção (ainda sujeita a contra-análise) de presença de ‘legionella’, foi suspensa a utilização dos espaços e equipamentos em questão, e realizados choque térmico e choque químico nos locais devidos.
“Não existe, até ao momento, qualquer caso de ‘legionella’ na população de Espinho e não se prevê que tal possa acontecer em resultado da situação concreta que aqui se refere”, adiantou a câmara.
O município entendia ainda não haver motivo para alarme público ou preocupação acrescida, uma vez que as evidências se direcionam no sentido de se tratar de “um caso isolado, pontual e adequadamente abordado pelas autoridades competentes”, sem necessidade de qualquer medida adicional.
A 4 de janeiro, a escola enviou um email aos encarregados de educação a informar que os balneários serão somente utilizados para troca de equipamentos e de higienização alternativa, estando interdito o uso de chuveiros e de lavatórios, mas sem explicar quais os motivos da interdição.
A Lusa tentou obter esclarecimentos por parte da Escola e da Administração Regional de Saúde do Norte, mas até ao momento não foi possível.
A doença do legionário, provocada pela bactéria “Legionella pneumophila”, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
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