De acordo com o comunicado da Europol enviados às redações, no dia 14 de agosto, as autoridades italianas, também conhecidas como Carabineiros, detiveram um indivíduo conhecido por falsificar dinheiro no sul de Itália, na região de Nápoles.
O homem mantinha um laboratório clandestino, onde realizada a impressão de notas falsas. Após realizarem buscas no local, as autoridades apreenderam quase três milhões de euros em notas falsas de alta qualidade.
Em estreita colaboração com a Polícia Nacional Francesa, os peritos das respetivas unidades de combate à contrafação de moeda localizaram o criminoso, que se acredita ser responsável pela venda de notas falsas no valor de oito milhões de euros em toda a Europa.
Por sua vez, a Europol apoiou esta investigação, que teve início em 2022 e, desde então, contou com os contributos dos serviços de informações de, pelo menos, dez países que comunicaram a apreensão do mesmo tipo de notas de euro falsas.
Antes do dia da ação, as autoridades de toda a Europa apreenderam notas falsas de várias denominações (principalmente 20, 50 e 100 euros) no valor de cerca de 950.000 euros antes de entrarem em circulação.
As notas estavam todas ligadas ao mesmo produtor e, além disso, acredita-se que o falsificador detido seja responsável por mais de 27% de todas as notas de euro falsas descobertas e retiradas de circulação só em 2023.
Laboratório de impressão em forma de bunker numa residência privada
Os investigadores anti-falsificação de dinheiro da polícia italiana, com o apoio de peritos da Europol, tinham estado a vigiar a sofisticada oficina de impressão escondida em Nápoles.
Quando os agentes invadiram o local depararam-se com uma linha de produção quase industrial, com 31 máquinas de impressão digital e grandes quantidades de matérias-primas utilizadas para a produção de notas falsas.
O criminoso escondia a unidade de produção atrás da sua garagem, na sua própria casa. Escondido atrás de um armário, o falsificador construiu uma peça de parede móvel sobre carris, que lhe permitia aceder ao laboratório de impressão, acionando um sistema eletrónico caseiro.
As autoridades acreditam que o falsificador recorreu a vários canais de distribuição nacionais e internacionais, estes últimos predominantemente em França, para vender notas falsas de 20, 50 e 100 euros.
A análise de peritos, incluindo uma avaliação do Banco Central Europeu, confirmou que os elementos de segurança das notas contrafeitas (como os hologramas) eram de elevada qualidade.
Apoio da Europol a Itália e a França
A Europol facilitou o intercâmbio de informações, financiou e coordenou várias atividades operacionais. Ao mesmo tempo, a organização prestou apoio analítico para identificar os países em que as notas foram distribuídas.
Durante o dia da ação, a Europol enviou um perito a Itália para prestar apoio técnico e verificar as informações operacionais, através da basesde dados da Europol e dos sistemas do Banco Central Europeu.
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