Em Sobrado, concelho de Valongo, fontes no local disseram à agência Lusa que já foram retirados cerca de 15 cães que vivem em "condições sem qualquer dignidade" num espaço sem higiene, alimentação ou água.
Quanto ao canil de Gandra, no concelho de Paredes, este está cercado por populares e por um dispositivo da GNR e, cerca das 21:00, ainda não existiam relatos de entrada no local.
"Precisamos de ajuda para resgatar estes cães”, lê-se numa das várias publicações que estão a ser partilhadas em grupos de voluntários e associações de socorro a animais nas redes sociais.
A Lusa contactou a Câmara de Valongo, que indicou estar a acompanhar a situação, tendo já o veterinário da autarquia no local.
Já o oficial de comunicação e relações públicas do Comando Territorial do Porto, capitão Francisco Martins, confirmou que a GNR está a acompanhar a situação, remetendo para mais tarde outros pormenores.
Estas situações ocorrem depois de no fim de semana um incêndio ter consumido dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso onde morreram 52 cães e dois gatos.
Os voluntários que decidiram entrar na casa abandonada de Valongo e rodeiam o canil de Paredes acreditam que estas instalações pertencem a familiares das proprietárias dos canis de Santo Tirso, que serão alvo de inquérito do Ministério Público, revelou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República.
Também o ministro da Administração Interna determinou hoje a abertura de um inquérito à atuação da GNR e da Proteção Civil no incêndio que atingiu no sábado dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso.
Num despacho hoje assinado, Eduardo Cabrita determina à inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, a abertura de um inquérito "aos factos reportados, visando apurar eventuais responsabilidades".
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