Mãe há três meses (chegou a levar a filha para uma Assembleia das Nações Unidas), Jacinda Ardern tomou uma decisão que abalou a Nova Zelândia, com a sua saída do poder. A notícia correu mundo, tal foi a surpresa. Mas naquele país da Oceânia, muitos já esperavam que tal pudesse vir a acontecer.
De acordo com uma notícia do The Guardian, vários líderes políticos e figuras públicas acreditam que a "difamação constante, os abusos e ataques pessoais" contribuíram para esse esgotamento.
“É um dia triste para a política, onde um líder notável foi afastado do cargo por constante personalização e difamação”, disse a co-líder do partido Māori, Debbie Ngarewa-Packer.
“Seu whānau [família] resistiu aos ataques mais violentos nos últimos dois anos , naquilo que acreditamos ser a forma de política mais humilhante que já vimos”.
Quem saiu em defesa de Ardern foi a também ex-primeira-ministra Helen Clark, considerando terem existido ataques "sem precedentes" durante seu mandato.
“As pressões sobre os primeiros-ministros são sempre grandes, mas nesta era das redes sociais, clickbait e ciclos de notícias 24 horas por dia, sete dias por semana, Jacinda enfrentou um nível de ódio que, pela minha experiência, é sem precedentes no nosso país”, referiu.
Alguns relatórios salientam também que em 2022 a polícia confirmou que as ameaças contra um primeiro-ministra, triplicaram em três anos. Não há confirmação das razões, mas muitos especulam que terão surgido de movimentos de anti-vacinação da Covid-19.
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