O 'Plesiopharos moelensis', uma nova espécie de réptil marinho da era dos dinossauros, que habitou a terra há cerca de 195 milhões de anos, é a estrela da nova exposição temporária do Dino Parque da Lourinhã, no distrito de Lisboa.
Os fósseis, que estarão patentes ao público pela primeira vez, são parte do “mais antigo e completo exemplar da Península Ibérica do réptil com “uma forma que o associa facilmente à silhueta do célebre monstro do Lago Ness”, divulgou hoje o Dino Parque.
Os fósseis foram descobertos por dois colecionadores, Victor Teixeira e António Domingos, em São Pedro de Moel, no concelho da Marinha Grande, após o que foram doados ao Museu da Lourinhã e preparados, no laboratório do Dino Parque, por uma equipa internacional de paleontólogos e geólogos ligados a várias instituições.
O trabalho, publicado na revista Acta Palaeontologica Polonica, foi liderado por Simão Mateus, Diretor Científico do Dino Parque, e teve como primeiro autor Eduardo Puértolas-Pascual, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Citado numa nota de imprensa do Parque, Simão Mateus adianta que o Plesiopharos “vai ser um fóssil de destaque na compreensão da evolução dos répteis marinhos nesta zona do Atlântico que, à altura, se estava a formar”.
A exposição temporária dará a conhecer não apenas os fósseis do 'Plesiopharos moelensis', mas também a evolução dos plesiossauros e outros répteis marinhos da era dos dinossauros, as primeiras descobertas e a importância geológica da área de São Pedro de Moel.
Os achados poderão ser vistos até ao fim do verão no Dino Parque da Lourinhã, inaugurado em fevereiro de 2018 e considerado o maior museu ao ar livre da Europa, tanto em área expositiva, como em dimensão.
Com 180 modelos de animais à escala real, o Dino Parque proporciona uma viagem de milhões de anos através de cinco percursos distintos: Paleozoico, Triásico, Jurássico, Cretácico e Monstros Marinhos.
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