No plenário, o deputado do BE José Soeiro disse que a bancada não quer “desperdiçar a possibilidade de consenso” com "todos os partidos e com o governo” e defendeu que o processo legislativo deve estar concluído “até ao verão”.
O projeto de lei do BE cria o Estatuto do Cuidador Informal prevendo “o descanso” dos cuidadores, o direito à reforma contabilizando o tempo de prestação de cuidados e o reforço dos apoios sociais, destacou José Soeiro.
Para o deputado João Dias, do PCP, a discussão dos projetos na especialidade por 60 dias é “um contributo para construir soluções para todas as pessoas do modo mais alargado possível”.
O deputado sublinhou que o projeto de lei dos comunistas prevê medidas que “respondam à situação de todos os cuidadores por igual”, propondo ainda o reforço de medidas de apoio às pessoas em situação de dependência.
A deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto afirmou esperar que na comissão de especialidade os deputados possam fazer “o que o governo estava encarregue de fazer em 2016 e não fez”.
O projeto de resolução do CDS-PP recomenda ao governo que considere as demências uma “prioridade social e de saúde pública” e elabore um “Plano Nacional de Intervenção”.
O projeto do PAN recomenda também ao Governo a adoção de medidas de apoio aos cuidadores informais.
No passado dia 14, um grupo de cidadãos que prestam aquele tipo de cuidados a pessoas em situação de dependência e familiares de doentes de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas concentraram-se em frente ao parlamento para reclamar apoios e a criação de um estatuto próprio.
Uma petição que reuniu 14 mil assinaturas deu entrada no parlamento há dois anos reclamando, entre outras medidas, o “o devido reconhecimento social e jurídico” dos cuidadores, o direito a uma redução do seu horário laboral em 50%, sem perda de vencimento, o apoio de terceira pessoa na assistência ao cuidador e o direito a uma pensão de sobrevivência mensal após a morte do doente.
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