“O diálogo indispensável entre o Irão e a AIEA continua”, afirmou Grossi numa mensagem na sua conta oficial da rede social X, onde afirmou ter tido uma reunião com o Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, na sequência do encontro realizado no mês passado no Teerão, pouco antes da aprovação da condenação aprovada.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou que o objetivo da conversa era “pôr em ordem as diferenças nucleares” e acrescentou que Abbas Araqchi “criticou fortemente as ações pouco construtivas de certos membros do Conselho de Governadores da AIEA”, em referência aos Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Alemanha.
Grossi ainda afirmou que estas ações apenas ”prejudicam os esforços do diretor-geral [da AIEA] para fazer progressos”.
As autoridades iranianas avisaram na semana passada que poderiam vir a abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) caso fosse acionado um mecanismo que reintroduzisse todas as sanções impostas a Teerão antes da assinatura do acordo de 2015, do qual os EUA se retiraram em 2018.
A decisão foi oficializada após contactos em Genebra com a União Europeia (UE) e o grupo E3 (França, Reino Unido e Alemanha), depois do chefe da Organização Iraniana de Energia Nuclear, Mohamad Eslami, ter afirmado publicamente que o Teerão começou a injetar gás em milhares de centrifugadoras em resposta à condenação já referida.
A resolução foi adotada com 19 votos a favor, 12 abstenções e três votos contra, da Rússia, China e Burkina Faso.
Pede-se ao Irão que explique as suas atividades nucleares e solicita-se a Grossi um relatório exaustivo, depois de Teerão ter abandonado parte dos seus compromissos com o acordo de 2015, na sequência da retirada de Washington.
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