Em cartas dirigidas ao alto representante da União Europeia para a política externa, Josep Borrell, e ao presidente do Parlamento Europeu (PE), David Sassoli, os dois ativistas disseram sentir-se “abandonados e menosprezados” pela União Europeia (UE).
“O Prémio Sakharov deve ser um compromisso de todas as partes para que nunca seja usado o silêncio diplomático face às violações dos direitos humanos e, ainda menos, face aos crimes de lesa humanidade”, argumentam as duas cartas difundidas pela organização não governamental (ONG) Prisioners Defenders.
Ambos advertem que, caso a UE prossiga “sem atender à realidade que impera em Cuba”, vão considerar “a renúncia, apesar de uma imensa dor”, aos seus prémios Sakharov, atribuídos pelo PE.
Na sua luta pelos “direitos humanos mais fundamentais”, prosseguem, as “vítimas” necessitam que lhes deem “voz e apoio efetivo”, e lamentam que a embaixada da UE em Havana “não se tenha reunido publicamente com a sociedade civil de Cuba nem com os prémios Sakharov” desde a assinatura do Acordo de Diálogo Político e Cooperação, no qual a UE se comprometeu em apoiar os defensores dos direitos humanos.
Pelo contrário, acusa a embaixada da UE de se reunir com frequência com os organismos estatais cubanos e o Serviço Europeu de Ação Externa, dirigido por Borrrell, de entregar ajudas direitas ou indiretas “apenas a sociedades e organismos estatais cubanos”.
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