Duas mulheres portuguesas foram mortas à facada e um outro homem ficou ferido com gravidade, nesta terça-feira, no Centro Ismaelita na Avenida Lusíada, em Lisboa, de acordo com o que revelou inicialmente a CNN Portugal, tendo também sido confirmado ao SAPO24 pelo próprio Centro e pela PSP.

"Foi tudo muito rápido, não sabemos o que aconteceu, mas há pessoas mortas, ele tinha uma faca enorme. A polícia está aqui no centro em investigações", disse uma funcionária do Centro Ismaelita.

A própria PSP registou também o ataque ao SAPO24, salientando, contudo, que "a situação já está totalmente controlada", embora tenham confirmado também a existência de "outras pessoas feridas".

Posteriormente, em comunicado, a PSP salientou que "hoje, pelas 10h57, foi-nos comunicado que estava a decorrer um ataque com arma branca" e que pelas "10h58 chegaram ao local os primeiros polícias que responderam à ocorrência". À chegada os "polícias deparam-se com um homem armado com uma faca de grandes dimensões", tendo sido dadas "ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão (...) face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor".

O agressor, que estava na posse de uma faca de grandes dimensões, será de origem afegã e foi atingido pela polícia numa perna, tendo sido posteriormente detido e transportado para o Hospital São José, ao passo que os feridos dirigiram-se para o Hospital de Santa Maria.

O aparato policial, entretanto, cresceu no Centro Ismaelita, onde estão já elementos do Corpo de Intervenção da PSP e outras forças de autoridade. Foram também chamados ao local os bombeiros e ainda o INEM.

O Conselho Nacional da Comunidade Muçulmana Ismaili também já reagiu ao ataque. Rahim Firozali, presidente deste órgão, assina um comunicado recebido pelo SAPO24 onde adianta que o ataque decorreu "nas instalações do Centro Ismaili de Lisboa onde decorriam aulas e outras atividades que ali têm lugar normalmente".

Firozali, que adianta não se saberem ainda quais "as motivações do atacante", diz que "a comunidade muçulmana ismaili está já a prestar todo o apoio aos familiares das vítimas, a quem apresenta as mais profundas condolências".