Donald Trump deixou claro durante a sua campanha que queria que a prisão de Guantánamo permanecesse aberta, apesar de ainda não ter enviado nenhum detido para aquelas instalações.
A ordem, que Trump assinou na terça-feira, antes do seu primeiro discurso do Estado da União, salienta que os Estados Unidos mantêm a opção de manter aberta a prisão para proteger a segurança nacional.
“Não se espera que muito mude com a nova ordem de Trump”, disse Lee Wolosky, que foi enviado especial de Barak Obama para encerrar Guantánamo.
Aliados europeus, líderes muçulmanos e outros críticos opuseram-se veementemente à forma como os detidos foram mantidos em Guantánamo durante décadas, sem acusação.
“Não tenho dúvidas de que grupos terroristas como o EI vão aplaudir o anúncio de Trump, do que é agora a política formal dos Estados Unidos: deter os muçulmanos para sempre sem acusação numa prisão ‘offshore'”, disse o advogado J. Wells Dixon, do Centro para os Direitos constitucionais.
“Manter Guantánamo aberto é politicamente conveniente, mas extremamente estúpido, não importa como você olha para ele”, disse.
O centro de detenção, que o presidente George W. Bush abriu após 11 de setembro de 2001, atingiu uma população máxima de cerca de 680 no verão de 2003.
Bush transferiu cerca de 500 antes de deixar o cargo. Obama transferiu 197 detidos, deixando 41, incluindo cinco para libertação.
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